Anunciado pelo governador eleito Renato Casagrande para ser o próximo secretário estadual da Educação, Vitor de Angelo adianta que não promoverá mudanças radicais no planejamento que está sendo feito pela equipe atual da Sedu, para o início do ano letivo de 2019. Em entrevista à Rede TC, ele salienta que está reunindo informações sobre os programas em andamento, além de conversar com os setores envolvidos e lideranças religiosas. Vitor afirma ainda que, esta semana, participou de reunião com o deputado estadual Sérgio Majeski e recebeu dele informações relacionadas à pasta em que atuará, efetivamente, a partir do dia 2 de janeiro.

O futuro secretário salientou que, paralelamente a esse levantamento, teve liberdade para montar uma equipe para auxiliá-lo, além do acesso às informações junto à Sedu. “É a nossa preocupação, claro, que a mudança de governo não signifique a interrupção dos serviços ofertados à população. Teremos a oportunidade de, mais para frente, ter o nosso planejamento, estabelecer metas. Mas neste primeiro momento, o objetivo é conhecer o que está em vigor para que não sejamos surpreendidos” – destacou.

Doutor em Ciências Sociais, atualmente Vitor está mantendo agenda dupla, como reconheceu, conciliando as atividades na Universidade Vila Velha e de transição no Governo do Estado. Ele adianta que não se afastará totalmente das atividades acadêmicas e que continuará na UVV como professor colaborador, orientando alunos de mestrado, porém sem dar aulas, efetivamente. “A atuação acadêmica fica em segundo plano para que o meu foco total seja na Sedu, para dar o meu melhor em todos os sentidos”.

CONTRATOS DE PROFESSORES

Ainda em relação às atividades como secretário, a partir de 2019, Vitor disse que pretende estudar os contratos para professores para que sejam feitos com prazo de 24 meses, renováveis pelo mesmo período. Ele demonstrou preocupação com os repasses da Sedu para programas como o Educação no Campo, merenda e transporte escolar.

“Vamos pensar nesses projetos estruturantes apresentando para a sociedade um calendário. É um planejamento de longo prazo, lembrando que é um governo de quatro anos. Os problemas, a gente precisa reconhecer, são para além de qualquer governo. Temos um conjunto de outras questões ligadas ao Plano Estadual de Educação, que tem vigência até 2025, e o nosso governo vai até 2022. Vamos trabalhar para que, nos quatro anos do governo Casagrande, tenhamos condições para alcançar as 20 metas do Plano” – comentou o futuro secretário de Educação.

Vila Velha–ES

Leia também: Sobre Escola Sem Partido: “Quantos casos de doutrinação temos mapeados?”