“A exploração de sal-gema representa um novo ciclo de desenvolvimento para o Espírito Santo, sobretudo para o norte do Estado”. A expectativa é do deputado estadual José Eustáquio de Freitas, presidente da Frente Parlamentar de Debate e Apoio à Exploração das Jazidas de Sal-Gema.

Em entrevista à Rede TC de Comunicações, o deputado prevê o início da exploração das jazidas de sal-gema no norte do Espírito Santo nos próximos três anos. Isso porque a Agência Nacional de Mineração (ANM) incluiu em junho, na quarta rodada de disponibilidade de áreas, o leilão de 11 blocos de exploração de sal-gema no Espírito Santo. Freitas frisa que são nove blocos em Conceição da Barra, abrangendo ainda áreas em São Mateus, além de outros dois, em Vila Pavão e Ecoporanga, respectivamente.

A Agência Nacional de Mineração incluiu na quarta rodada de disponibilidade de áreas, o leilão de 11 blocos de exploração de sal-gema no Espírito Santo. Nove desses blocos ficam no município de Conceição da Barra, abrangendo ainda áreas em São Mateus. Foto: Altis IMagens/Divulgação

O deputado ressalta que mais de uma empresa mostrou interesse por cada área e, por isso, a ANM abriu um leilão eletrônico nesta semana, mais precisamente na quarta-feira (25). O leilão prossegue até o dia 8 de setembro. O parlamentar relata que o resultado deve ser apresentado no dia 20 de setembro.

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FRENTE PARLAMENTAR

A frente parlamentar foi criada na Assembleia Legislativa do Espírito Santo para debater, discutir, propor projetos e incentivar as ações que visem a regulamentação para a exploração do sal-gema. Freitas destaca que os trabalhos “estão firmes”, articulados com o Governo do Estado, incluindo a Secretaria da Ciência, Tecnologia, Inovação, Educação Profissional e Desenvolvimento Econômico (Sectides) e Procuradoria Geral do Estado (PGE), com o Conselho Regional de Química e com a Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes).

O deputado disse que o primeiro passo foi estimular o interesse das empresas nas áreas disponibilizadas. A partir do resultado do leilão eletrônico, o deputado disse que

o próximo passo será buscar parcerias, inclusive com o setor das indústrias, para formar e capacitar mão de obra na região.

Expectativa de empregos já na etapa de estudos

O deputado Freitas afirma que a Petrobras já havia identificada a mega jazida de sal-gema em Conceição da Barra no início da década de 1990. O parlamentar lembra que foram ampliados estudos que identificaram as jazidas com o maior volume de sal-gema do Brasil, que corresponderiam a 70% dos depósitos desse mineral no País.

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Freitas tem expectativa de, tão logo os vencedores do leilão sejam conhecidos, empregos já comecem a ser criados no trabalho técnico da fase de estudos de viabilidade e na sequência de licenciamento ambiental. Certo da viabilidade da exploração do sal-gema no norte do Estado, o deputado frisa que há a perspectiva de que sejam criados mais de 15.000 empregos em toda a cadeia produtiva.

Incentivo à cadeia produtiva

Presidente do colegiado, o deputado Freitas destaca que a Frente Parlamentar de Debate e Apoio à Exploração das Jazidas de Sal-Gema não tem prazo para encerrar os trabalhos. Ele frisa que vem acompanhando todos os passos do projeto e que o ciclo da exploração desse mineral oportuniza uma nova etapa de desenvolvimento no norte do Estado.

O deputado afirma ainda que, como a própria Petrobras já demonstrou todo o desinteresse na exploração de petróleo em terra, o que na visão dele encerra este ciclo, uma nova cadeia produtiva passa a ser aberta a partir da exploração do sal-gema.

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Assim, adianta que o empenho é pela atração de indústrias para a criação de um polo cloroquímico petroquímico para que não seja explorada apenas a matéria prima bruta do sal-gema. Conforme disse, o sal-gema é utilizado na indústria da celulose, farmacêutica, PVC, plástico, metalurgia e defensivos agrícolas, por exemplo.

“Precisamos reivindicar que [indústrias] se instalem na região para ter um proveito muito forte desta riqueza”. Freitas reforça que a exploração do sal-gema é altamente sustentável dos pontos de vista econômico, social e ambiental.

 

foto de destaque: Ana Salles-Ales/Divulgação

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