SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Em um jogo que ninguém sabia se iria acontecer até três horas antes do pontapé inicial, o Flamengo venceu o Barcelona (EQU) por 2 a 1 nesta terça-feira (22), em Guayaquil, pela Libertadores.

O resultado aliviou a pressão sobre o técnico espanhol Domenèc Torrent. Ele era criticado até por parte da diretoria após a goleada por 5 a 0 sofrida diante do Independiente del Valle (EQU), na semana passada.

Os gols do Flamengo foram marcados por Pedro e De Arrascaeta, ainda no primeiro tempo.

O argentino Martínez descontou no início da etapa complementar.

A vitória fez o time brasileiro se igualar ao Del Valle na liderança do grupo A, com nove pontos. Os equatorianos jogariam também nesta terça, contra o Junior Barranquilla, na Colômbia.

Um vaivém de informações, com desencontro na posição de autoridades do Equador, chegou a colocar em dúvida a realização da partida.

O motivo de o duelo ter sido posto em xeque foi a situação dos jogadores rubro-negros infectados pelo novo coronavírus. Isla, Filipe Luís, Matheuzinho, Diego, Michael, Vitinho, Bruno Henrique tiveram testes com resultados positivos para a Covid-19, assim como o auxiliar técnico Juan e o médico Marcio Tannure.

Por isso, o diretor de saúde e higiene de Guayaquil, Carlos Luis Salvador, disse que o estádio Monumental, palco da partida, estava interditado. Em visita ao hotel onde está hospedada a delegação do Flamengo, ele conversou com dirigentes e avisou que a programação estava suspensa.

“Hoje, o estádio Monumental está inabilitado. Nesse estádio não haverá jogo de futebol entre Barcelona e Flamengo”, disse Salvador.

“O Flamengo respeita e é cumpridor das determinações das autoridades locais”, afirmou o vice-presidente do clube, Marcos Braz, dando a partida como cancelada. “Disseram que o estádio não está apto. Estamos aguardando um comunicado oficial para retornar ao Brasil.”

Esse comunicado, no entanto, não ocorreu. A prefeita da cidade, Cynthia Viteri, desmentiu a informação de Salvador em uma publicação no Twitter, afirmando em letras garrafais que o estádio não estava interditado e submetendo qualquer decisão ao Ministério da Saúde.

O Comitê de Emergência Nacional, que trabalha no controle da pandemia no território equatoriano, posicionou-se de maneira favorável à realização do confronto, desde que permanecessem isolados aqueles que tiveram diagnóstico de infecção pelo coronavírus.

Em campo, o Flamengo encontrou facilidade nos primeiros 45 minutos e poderia ter feito mais do que dois gols. Era possível prever até uma goleada tal a facilidade. O Barcelona havia perdido suas duas partidas disputadas anteriormente na Libertadores.

Mas na etapa final os donos da casa reagiram e o Flamengo se encolheu. Os equatorianos não empataram por falta de precisão nas finalizações. Embora a equipe brasileira levasse perigo quando partia nos contra-ataques, pareceu ter relaxado com a vantagem no placar.

BARCELONA (EQU)
Burrai; Castillo, Aimar (Marques), Riveros e Vallecilla; Orejuela (Oyola), Piñatares (Quintero), Arroyo (Álvez), Martínez (Preciado) e Díaz; Colmán. Técnico: Fabián Bustos

FLAMENGO
César; Thuler (Ramon), Rodrigo Caio, Léo Pereira e Renê; Thiago Maia, Arão, Gerson e Everton Ribeiro; Arrascaeta e Pedro (Lincoln). Técnico: Domènec Torrent

Local: Estádio Monumental, em Guayaquil, no Equador
Árbitro: Diego Haro (PER)
Assistentes: Jonny Bossio (PER) e Michael Orue (PER)
Cartões amarelos: Orejuela, Riveros, Piñatares (BAR); Lincoln, Domènec Torrent, Thiago Maia, Willian Arão (FLA)
Gols: Pedro, aos 5min, e Arrascaeta, aos 25min do primeiro tempo. Martínez, aos 3min do segundo tempo

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