A presidente da Findes, Cris Samorini, defende a redução do custo Brasil em todos os níveis da administração pública. A posição foi destacada durante debate com o industrial Jorge Gerdau, do Movimento Brasil Competitivo. O painel online, intitulado Agenda de longo prazo para o Brasil, foi promovido por jovens lideranças dos institutos Aliança Jovem (Linhares), Jovens Líderes (Aracruz), Líderes do Futuro (Colatina) e Mais Líderes (Cachoeiro de Itapemirim).

Ela frisou ainda que a Findes está empenhada em apoiar essa iniciativa, do Governo Federal, mobilizando demais federações de indústrias e outros Estados e também disseminando essa agenda para outras esferas da administração pública, incluindo Estados e municípios.

“Não podemos achar que esse custo está apenas no Governo Federal, há muita burocracia nos municípios, no Estado. Estamos empenhados em mobilizar o setor produtivo para apoiar essa agenda. Conversei com o Gerdau na sexta-feira sobre esse assunto. Vejam que no setor de atuação dele, o siderúrgico, uma empresa paga 16% na exportação. Então, já saímos perdendo em competitividade” – disse Cris.

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Jorge Gerdau destacou que seu grupo atua em 14 países, nas Américas, Europa e Ásia, e somente no Brasil há “exportação de impostos”.

 

CUSTO BRASIL

O Custo Brasil foi estimado em R$ 1,5 trilhão, ou 22% do PIB brasileiro, em estudo feito pelo Governo Federal, em parceria com o Movimento Brasil Competitivo. Esse custo representa a despesa adicional que as empresas brasileiras têm de desembolsar para operar no País, em comparação com os países da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico).

Preocupação com governança, tecnologia e saúde

Durante o painel, Jorge Gerdau disse ainda estar preocupado com a eficiência da gestão em quatro grandes áreas da administração pública no País: governança, tecnologia, educação e saúde.

“No setor público, em todos os níveis, a governança deixa a desejar, porque todo o sistema está ajustado ao prazo do governante, que é quatro anos. Então não há gestão estratégica, porque o prazo é curto. Em siderurgia, os ciclos são de seis anos. Minha cabeça é de médio e longo prazo. Fico escandalizado com a metodologia do Estado, de não haver médio e longo prazo” – disse o industrial.

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Ele avaliou, porém, que está otimista com relação ao programa de redução do custo, promovido pelo Governo Federal. A execução está sob responsabilidade do subsecretário de Ambiente de Negócios do Ministério da Economia, Jorge Luiz de Lima, que esteve no Espírito Santo dias atrás, em agendas com a presidente da Findes, integrantes do Conselho Estratégico da Federação, o governador Renato Casagrande e o presidente da Assembleia Legislativa, Erick Musso.

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