SANTOS, SP (UOL/FOLHAPRESS) – Isaac Drogba, filho de 21 anos do lendário ex-atacante do Chelsea, chegou ao Acadêmica de Coimbra, de Portugal, em setembro do ano passado. A expectativa desde sua adolescência era a de que ele poderia ter sucesso na carreira, mas não é o que vem acontecendo com o jogador, que, assim como o pai, atua como atacante.

No mês de janeiro, Isaac informou ao clube português que precisava ir para a França para fazer alguns exames escolares. Ele foi, e nunca mais voltou, apesar do contrato vigente com o Acadêmica. De acordo com o jornal português ZeroZero, ninguém do clube teve mais qualquer informação sobre o jogador, nem mesmo companheiros mais próximos.

Para Miguel Carvalho, treinador do time sub-23 do Acadêmica, o problema de Isaac é que ele estava acomodado. “É um atacante rápido, bom tecnicamente, precisava de tempo para crescer. Saiu e não sabemos se vai voltar. É uma pena ele estar um pouco acomodado porque qualidade tinha”, opinou o técnico. “Acertamos uma data de retorno e ele não apareceu. Não ouvimos mais nada sobre ele”, acrescentou.

Foto: Instagram / @isaacdrogba11

Uma lesão afastou Isaac do time titular e ele acabou perdendo espaço até mesmo no time B, algo que pode ter influenciado sua decisão, sugere Matheus Palmério, companheiro de Isaac.: “O time B é formado pelos não convocados dos sub-19 e sub-23, e é um espaço competitivo e difícil”.

No clube, acreditam que o cenário possa ter assustado Isaac Drogba, um rapaz tímido e pouco predisposto a grandes sofrimentos: “Ria muito, era tudo o que ele fazia. Ele é um menino quieto, sempre fica no seu canto e não gosta de aparecer muito”.

“Isaac tem muita qualidade, mas faltou mais dedicação nos treinos, estava um pouco desapegado. E aí ele teve uma lesão e ficou sem espaço por algumas semanas”, disse Miguel Carvalho, que saiu em defesa de Isaac em relação ao seu perfil.

“Não pense que o filho de Drogba decepciona por ser excêntrico ou arrogante. Ele não passa por isso. É a apatia e uma certa complacência que marca seu caráter”, disse.
Ainda segundo Carvalho, o fato de Isaac vir de uma família com dinheiro pode ter o ajudado a ficar desestimulado na equipe.

“Conheci um bom rapaz. A diferença é que ele não precisou trabalhar para ganhar dinheiro em alto nível. Conheci muitos futebolistas e quem quer mesmo são os que lutam”, acrescentou.

Nas redes sociais, a última publicação de Isaac é de dezembro, em Portugal, justamente no dia em que completou 21 anos de idade.

Isaac começou a carreira em 2017, no Chelsea, clube pelo qual seu pai se tornou um dos maiores ídolos. Ele passou por Guingamp, da França, e US Caratese, da Itália, antes de chegar ao Acadêmica.

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