O projeto de construção de uma estrada de ferro, denominada Ferrovia Litorânea Norte, ligando o complexo portuário de Barra do Riacho, em Aracruz (ES), ao Porto de Taquari, no sul da Bahia, foi incorporado à carteira de projetos do Plano Regional de Desenvolvimento do Nordeste (PRDNE), da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene). Além dos estados do Nordeste, também compõem a área de influência da Sudene o norte dos estados do Espírito Santo e de Minas Gerais.

A ferrovia ES-BA foi uma indicação do Governo do Espírito Santo, feita pelo secretário estadual de Economia e Planejamento Álvaro Duboc, durante a terceira reunião do ano do Comitê Regional de Articulação de Secretarias de Estado da Área de Atuação da Sudene, realizada no dia 4, em Recife (SE). O PRDNE faz parte do Programa Integração Logística Regional, que é prioritário para a Sudene.

Em resposta à Rede TC, o engenheiro Frederico de Morais Bezerra, da Coordenação de Fundos de Desenvolvimento e de Financiamento da Sudene, afirmou que o objetivo desta última reunião foi para fazer um refinamento das propostas encaminhadas pelos estados para compor a carteira de projetos do PRDNE, que será encaminhado ao Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR) para tramitar em conjunto com o Plano Plurianual 2020-2023 (PPA), do Governo Federal. Ele afirma que o Ministério é o responsável pela articulação intragovernamental do Plano.

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“A carteira de projetos do PRDNE resultou de uma negociação pactuada entre a Sudene, os estados, o MDR e consulta pública à sociedade. Todas as propostas encaminhadas pelos estados foram analisadas e incorporadas à carteira de projetos indicativos do plano, inclusive a proposta citada [da Ferrovia Litorânea Norte]. Destacamos que estas propostas dos estados foram incorporadas como projetos indicativos, cuja viabilidade deverá ser objeto de avaliação” – explicou Frederico de Morais Bezerra.

“Reiteramos que são projetos indicativos que ainda serão detalhados. Ainda informamos que, após a consolidação do PRDNE, a Sudene encaminhará aos estados o documento final, incluindo a matriz de projetos” – complementou a Sudene.

Recife-PE

1 COMENTÁRIO

  1. Até a década de 1960, precisamente até os idos de 1966. Tínhamos a Ferrovia Bahia e Minas, com cerca de 500km de ferrovia, que o governo militar mandou arrancar.
    Esta ferrovia ligava o norte de Minas a Caravelas na Bahia. Foi construída com dinheiro público e totalmente destruída, também pelo poder público.
    O principal produto transportado era exatamente a madeira, que era embarcada em navios, em Caravelas e Ponta de Areia, no sul da Bahia. Hoje em dia, com a construção de um ramal, desde Caravelas, até o Porto de Vitória- ES, teríamos uma verdadeira integração do Norte de Minas, Sul da Bahia e o centro norte do Espirito Santo. Deveriam então viabilizar um projeto mais amplo, pois é jogado tanto dinheiro no ralo.

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