Natural de São Mateus e gestora de uma empresa de limpeza nos Estados Unidos, Célia de Oliveira avalia de forma emocionada a crise internacional provocada pelo novo coronavírus (Sars-CoV-2): “Estamos vivendo dias de horror”. Célia é casada com um norte-americano e reside na Cidade de Portsmouth, no Estado de New Hampshire, que fica entre Massachusetts e Maine.

Foto: Reprodução

Conforme disse, o Estado de New Hampshire tem aproximadamente 1,5 milhão de habitantes e foram confirmados lá 101 casos e uma pessoa morta em decorrência do novo coronavírus. Célia relata que, em virtude de um aumento de 23 casos de domingo (22) para segunda-feira (23), o governador começou a tomar medidas mais severas e a expectativa é de que siga o exemplo de Massachusetts, que proibiu a circulação de pessoas por 15 dias.

Célia de Oliveira frisou que Portsmouth, onde reside, já está com ruas quase desertas. Foto: Reprodução

Nos Estados Unidos, o total era de 41.569 casos e 504 mortes, conforme a atualização mais recente que Célia de Oliveira recebeu.

A mateense disse que os estabelecimentos que estão abertos são supermercados, farmácias e hospitais. A empresa de limpeza dela completa uma semana com as atividades suspensas. Nos supermercados, mesmo sendo bem abastecidos, Célia frisa que alguns produtos já estão em falta, como papel higiênico, leite, água e material de limpeza. “Quando encontra, está sendo disputado e até há casos de briga”, afirma. Contudo ela conseguiu com antecedência realizar as compras para a casa.

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A mateense disse que nunca pensou em passar por uma situação dessa, e nos Estados Unidos. “A gente sempre teve este país como intocável”, comentou Célia, para mostrar o tamanho do problema causado pela pandemia do novo coronavírus. Neste cenário, frisa que a sensação é de medo. Emocionada, lembrou que tinha uma viagem marcada para o Brasil no dia 12 de abril, para rever os familiares, mas acredita que não poderá viajar, em virtude do risco.

“Fiquem em casa”

A mateense Célia de Oliveira disse que está há quatro dias sem sair de casa e pretende ficar nesta situação por pelo menos 15 dias. Ela pede que os brasileiros façam o mesmo. “Fiquem em casa! Quem tem o que comer e o que beber, pode ficar em casa” – ressalta.

A quem pertence aos grupos de risco, orienta a pedir alguém para sair e comprar o que precisar. “Evitem aglomeração, porque a transmissão é feita por pessoas. Esquece praia, esquece bar, esquece qualquer coisa, pois ninguém está isento de contrair esse vírus. Ele é muito perigoso” – sustenta.

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Nos Estados Unidos, Célia disse que o governo tomou medidas em prol da população, por exemplo, impedindo que os serviços de água, energia e internet sejam cortados por falta de pagamentos. Além disso, as empresas podem pegar empréstimos para pagamentos sem juros.

Portsmouth (EUA)

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