sexta-feira, março 21, 2025
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Espírito Santo registra duas mortes por semana por tuberculose em 2022

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Vitória – O Dia Mundial de Combate à Tuberculose é nesta sexta-feira (24), sendo a data criada em 1982 pela Organização Mundial da Saúde (OMS). No Espírito Santo, em 2022, a Secretaria Estadual da Saúde (Sesa) registrou 100 óbitos em decorrência da doença infeciosa, ou seja, quase duas mortes por semana.

Conforme dados do Programa Estadual de Tuberculose, apresentados à Reportagem pela Sesa, a quantidade de óbitos em decorrência da doença em 2022 é 9,09% menor que em 2021, quando foram 110 mortes. Naquele ano, houve um aumento de 35,80% em relação a 2020, que teve o registo de 81 mortes nos 12 meses.

Sobre notificações, a Sesa aponta que em 2022 foram registradas 1.668 notificações de novos casos de tuberculose no Espírito Santo, número 20,34% maior que em 2021, quando houve 1.386.

Em 2023, de janeiro até março, já houve 365 notificações, aumento de 1,95% em relação ao mesmo período de 2022, quando foram 358.

De acordo com a Sesa, a faixa etária mais acometida pela doença é formada por adultos com idades entre 20 e 59 anos. “O atendimento é realizado em todos os 78 municípios e se inicia na Atenção Primária à Saúde (APS), ou seja, nas unidades de saúde”, frisa.

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Foto: Freepik.com

 Tratamento pelo SUS

 Vitória – A Sesa relata que o tratamento contra tuberculose é oferecido, exclusivamente, pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e deve ser feito diariamente, sem interrupção, com duração de 6 meses, para bacilos sensíveis, a até 18 meses, para os resistentes.

“São utilizados quatro medicamentos no tratamento dos casos de tuberculose no esquema básico (sensível), que são: rifampicina, isoniazida, pirazinamida e etambutol”, relata.

 PREVENÇÃO

Pelo SUS, as crianças são vacinadas com a vacina BCG (Bacilo Calmette-Guérin), que protege contra as formas mais graves da doença, como a tuberculose miliar e a tuberculose meníngea. A vacina está disponível nas salas de vacinação das unidades de saúde e maternidades. A vacina deve ser dada às crianças ao nascer ou, no máximo, até os quatro anos, 11 meses e 29 dias.

 CONTROLE

A Sesa acrescenta que o tratamento da Infecção Latente da Tuberculose (ILTB) é uma importante estratégia de prevenção para evitar o desenvolvimento da tuberculose ativa, especialmente nos contatos domiciliares, nas crianças e nos indivíduos com condições especiais, como imunossupressão pelo Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV), comorbidades associadas ou uso de alguns medicamentos.

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“Para isso, é importante que a equipe de saúde realize a avaliação dos contatos de pessoas com tuberculose e ofereça o exame para diagnóstico da ILTB aos demais grupos populacionais, mediante critérios para indicação do tratamento preventivo”, reforça.

A Sesa frisa que o emprego de medidas de controle de infecção também faz parte das ações de prevenção da doença, tais como: manter ambientes bem ventilados e com entrada de luz solar; proteger a boca com o antebraço ou com um lenço ao tossir e espirrar (higiene da tosse); e evitar aglomerações.

 SINTOMAS

Conforme o Ministério da Saúde, os sinais e sintomas mais frequentes da tuberculose são os seguintes: tosse seca ou com secreção por mais de três semanas, podendo evoluir para tosse com pus ou sangue; cansaço excessivo e prostração; febre baixa geralmente no período da tarde; suor noturno; falta de apetite; emagrecimento acentuado; rouquidão. Alguns pacientes, entretanto, não exibem nenhum indício da doença, enquanto outros apresentam sintomas aparentemente simples, que não são percebidos durante alguns meses.

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A transmissão da tuberculose é direta, de pessoa a pessoa. O doente expele, ao falar, espirrar ou tossir, pequenas gotículas de saliva que podem ser aspiradas por outro indivíduo.

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