A ruína de São José de Queimado, um museu a céu aberto, recebeu do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), menção honrosa no prêmio nacional Rodrigo Melo Francisco de Andrade, pela preservação e resgate da história do povo negro.

O museu foi restaurado e readequado pelo Instituto Modus Vivendi (IMV), com o patrocínio do Sindicato do Comércio Atacadista e Distribuidor do Espírito Santo (Sincades).

Conforme destaca o Iphan, na 33ª edição, esta é a primeira vez que o Espírito Santo recebe este reconhecimento. O monumento localizado em Serra foi inscrito na categoria Patrimônio Material, destinado às ações da administração direta e indireta municipal.

Segundo Elisa Machado Taveira, superintendente do Iphan no Espírito Santo, os projetos concorrentes foram analisados por comissões dos respectivos estados e nacional, e Queimado se destacou “como importante pesquisa arqueológica, com o acautelamento de um bem patrimonial em risco e medidas de salvaguarda para revitalização da área”.

De acordo com o Iphan, a Comissão Nacional de Avaliação reuniu 21 especialistas de renome na área do Patrimônio Cultural. Entre eles, estavam técnicos, pesquisadores e professores universitários. Também fizeram parte a presidente e os diretores dos cinco departamentos do Iphan.

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“Receber o reconhecimento de uma comissão nacional composta por especialistas de renome na área do Patrimônio Cultural, em um ano com recorde de inscrições, mostra a riqueza cultural existente no Espírito Santo e chama a atenção para a importância de se investir em projetos de preservação do patrimônio cultural” – reforça Elisa Machado Taveira.

Para a presidente do IMV, Érika Kunkel, esta menção honrosa representa a valorização do patrimônio cultural capixaba. “O Sítio Histórico de Queimado foi entregue aos capixabas em março deste ano e está acessível a todos que quiserem visitar este raro museu a céu aberto e conhecer essa trágica e sofrida história de segregação e desumanidade, para não a repetir”, destaca.

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