A produção física da indústria capixaba cresceu 1,7 % no 3º trimestre deste ano, se comparado ao trimestre anterior. O destaque vai para o setor de minerais não-metálicos, que acumulou um crescimento de 10,5%. Os dados foram divulgados pelo IBGE na manhã desta sexta-feira (8) e apresentados pelo Instituto de Desenvolvimento Educacional e Industrial do Espírito Santo (Ideies) em entrevista coletiva, que teve a participação do vice-presidente da Findes, José Carlos Bergamin. O levantamento analisou ainda o mercado de trabalho no Estado e a criação de 18.235 postos de trabalho com carteira assinada de janeiro a setembro deste ano. O indicador representa um crescimento de 6% em relação ao mesmo período do ano anterior. Para o Brasil, esse crescimento foi de 1%.Em 2019, 81% dos municípios capixabas com mais de 30 mil habitantes apresentaram saldo positivo de postos formais, ressalta o Ideies. Em São Mateus, foram abertos 271 novos empregos. O setor de serviços impulsionou a criação de novas vagas em Vitória (+3.796), Vila Velha (+1.390) e Linhares (+602). Na Serra, o destaque foi a construção civil com 1.740 novos postos abertos. Em Linhares, a indústria de transformação abriu 652 novas vagas.

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vice-presidente da Findes, José Carlos Bergamin.

Para José Carlos Bergamin, o Espírito Santo passa por uma grande virada. “O empresário está seguro e otimista porque de fato houve uma virada econômica. Historicamente, os grandes projetos da década de 70 reposicionaram o Espírito Santo de estado agrícola para um estado industrial. Era uma economia muito concentrada e voltada especificamente para exportação” – contextualizou.

“Agora, acreditamos que vamos passar por um novo grande ciclo, uma grande virada. Numa situação mais favorável que a anterior, já que a economia está mais diversificada e mais dinâmica, podemos esperar um futuro com grandes oportunidades para o Estado, com impacto não só na Grande Vitória, como no passado. Se desenha um futuro que irradia oportunidades para todo o Espírito Santo” – explicou o vice-presidente da Findes.

O futuro do Estado

“O Espírito Santo é um estado fortemente industrializado, visto que abriga cerca de 18 mil indústrias, que geram aproximadamente 180 mil empregos, pagando os melhores salários em todos os níveis de formação”, enfatiza a Federação das Indústrias do Estado do Espírito Santo (Findes).

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Estudo da CNI aponta que, a cada real produzido pela indústria, R$ 2,40 são gerados para a economia brasileira. O índice fica acima do resultado alcançado pela agricultura (R$ 1,66) e pelo setor de serviços (R$ 1,49), acrescenta a Findes.

“Observamos nos últimos 40 anos uma aceleração no crescimento da indústria do Espírito Santo, que por se tratar de um segmento que enraíza o desenvolvimento da sociedade capixaba, iniciou o projeto Indústria 2035, identificando 17 setores portadores de futuro: os tradicionais que podem ir além, como rochas, agroalimentar e petróleo, e os emergentes, como economia digital e biotecnologia”, destacou o vice-presidente da Findes, José Carlos Bergamin.

Segundo ele, considerando as vocações regionais, estão sendo traçados os caminhos possíveis de desenvolvimento, com a identificação de entraves existentes, ações resolutivas e tecnologias-chaves para ampliar a competitividade dos setores, segmentos e áreas.

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