SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – O calendário de jogos do Atlético-MG mostra os confrontos com o Ceará, na quarta-feira (15), na Arena Castelão, e com o Flamengo, no domingo (19), no Mineirão ambos pelo Campeonato Brasileiro, como os próximos compromissos do time mineiro. São partidas nas quais o treinador Turco Mohamed precisará fazer algo a mais do que tem feito recentemente, caso queira seguir no comando técnico do time mineiro -o que, segundo a diretoria de futebol do clube, é o plano até o momento.

A insatisfação da torcida com as fracas atuações do Atlético não são recentes, e está cada vez maior. O que era uma minoria algumas semanas atrás se tornou praticamente unanimidade após os resultados mais recentes: a derrota por 5 a 3 para o Fluminense e o empate em 1 a 1 com o Santos -mesmo jogando em casa e por quase 40 minutos com um jogador a mais. O coro de “Fora, Turco”, ecoado no Mineirão, após o tropeço de diante do time do litoral paulista, já chegou à diretoria.

Em meio ao momento de turbulência que o time mineiro enfrenta, o diretor de futebol do clube, Rodrigo Caetano, veio a público nesta segunda-feira (13) para avaliar o trabalho do técnico Turco Mohamed. Apesar da pressão, em entrevista coletiva na Cidade do Galo, o dirigente ressaltou apoio e continuidade do trabalho do treinador argentino.

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“Nós não pensamos na substituição neste momento, pensamos em trabalhar muito e de forma silenciosa para reverter esse movimento que não é bom, de nove pontos fizemos dois. O líder atualmente já abriu cinco pontos, isso nos preocupa, a gente está trabalhando desde o pós jogo do Santos para encontrar soluções para vencer quarta-feira. O ponto fora da curva foi o jogo contra o Fluminense. Isso é nítido. Fomos muito abaixo do nosso padrão de comportamento.

Tivemos também a infelicidade de empatar o último jogo quando tivemos o segundo tempo com um homem a mais com a vantagem e não confirmamos a vitória. Isso traz uma insatisfação”, disse o dirigente sobre o momento da equipe.

Sobre as duras críticas que o treinador vem recebendo, Caetano adotou um tom de cautela e reforçou a intenção de recuperar o bom desempenho da equipe ao invés de pensar em mudança de comando neste momento.

“A gente faz uma separação do que é legítimo do torcedor, dos questionamentos. Mas, se a cada momento de oscilação a gente substituir os profissionais, é mais do mesmo. Vamos escrever o contrário. Trabalhar para recuperar o bom desempenho, os resultados, para ter uma sequência de boas vitórias para que a gente consiga manter o trabalho”, pontuou.

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Nos últimos cinco jogos, o Atlético venceu apenas um. A equipe foi derrotada pelo Tolima, na última partida da fase de grupos da Libertadores e pelo Fluminense, por 5 a 3, pelo Brasileiro, em que foi o grande estopim para as críticas se tornarem mais ácidas. O Atlético venceu o Avaí e empatou com Palmeiras e Santos nesse período.

O momento de oscilação fez com que a distância para o líder Palmeiras aumentasse para cinco pontos. A equipe saiu do grupo dos quatro primeiros colocados e ocupa a sexta posição, com 17 pontos. A partida contra o Ceará, nesta quarta, é uma chance de Turco aproximar o time do G4 e começar a recuperar a confiança da torcida.

O técnico poderá contar o zagueiro Nathan Silva, que retorna de suspensão, e do atacante Eduardo Vargas, que se recuperou de lesão na coxa e deve figurar como opção no banco de reservas. Em contrapartida, o time tem como desfalques os volantes Allan e Jair, que cumprem suspensão após tomar o terceiro cartão amarelo, o zagueiro Igor Rabello, liberado pela comissão para acompanhar o nascimento da filha, e o atacante Savinho, que cumpre isolamento após receber diagnóstico positivo de Covid-19. O meia Zaracho e o lateral-esquerdo Dodô seguem no departamento médico.

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Uma possível escalação do Atlético-MG, portanto, tem: Everson; Guga, Nathan Silva, Junior Alonso e Guilherme Arana; Otávio, Calebe (Rubens) e Nacho Fernández; Ademir (Eduardo Vargas), Hulk e Keno.

O Ceará, por sua vez, fará sua primeira partida no Brasileiro sob comando de Marquinhos Santos, contratado como técnico após a saída de Dorival Júnior para o Flamengo. Em 13º na tabela, com 14 pontos em 11 partidas, o time nordestino busca sua primeira vitória como mandante nesta edição do campeonato.

O clube não poderá contar com o goleiro João Ricardo e com o lateral-esquerdo Bruno Pacheco, que cumprem suspensão. Luiz Otávio, Dentinho, Lima e Lucas Ribeiro continuam no departamento médico do time. Uma possível escalação inicial do Ceará tem: Vinícius Machado; Michel Macedo, Messias, Lacerda, e Victor Luis; Richardson, Richard Coelho e Fernando Sobral; Vina, Mendoza e Cléber.

Estádio: Arena Castelão, em Fortaleza (CE)
Horário: Às 19 (de Brasília) desta quarta-feira (15)
Árbitro: Luiz Flavio de Oliveira (Fifa/SP)
VAR: Rodrigo Guarizo Ferreira do Amaral (VAR-Fifa/SP)
Transmissão: SporTV e Premiere

 

Foto do destaque: Pedro Souza/Atlético

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