Quarta-feira, chuva fina sobre São Mateus, dia de jogo do Flamengo, e uma vontade do torcedor de sair às ruas e procurar um bom e velho boteco para acompanhar o jogo contra o Grêmio na escalada rumo à final da Libertadores. Isso depois de uma longa espera que durou 38 anos. Uma passada por grupos de torcedores e logo se ouviam os comentários: “Hoje tem gol do Gabigol”; “hoje o Brasil só dorme depois da meia-noite, uns de felicidade, outros de tristeza”. O resultado todos já sabem: um baile do Flamengo e goleada de 5 a 0.

Agora, as atenções se voltam para a final da competição continental, contra o River Plate, e para a excelente fase do Rubro-Negro no Brasileirão, que soma 10 pontos à frente do segundo colocado, o Palmeiras, faltando 11 rodadas para o término do campeonato. A Rede TC ouviu três flamenguistas mateenses, que, além de fazerem uma análise do atual momento do time da Gávea, ainda contaram as loucuras que pretendem fazer nesta reta final, embalados pelo bom momento do Flamengo.

Jackson de Albuquerque Crespo, de 36 anos, já analisou os gastos que deve ter para assistir ao jogo no Chile. Jasson Barcelos, de 38, estuda com carinho a possibilidade de ir ao jogo, que é um sonho para ele. O que pesa nesta decisão é o fato de ter um filho recém-nascido. E Júnior Nascimento, de 26 anos, apesar da euforia, aguarda com cautela os próximos capítulos dos protestos no país vizinho na expectativa de que o jogo possa até mudar de local. Mas o que mexe mesmo com o imaginário destes flamenguistas apaixonados é a possibilidade de levar todos os títulos para casa neste fim de ano: Brasileiro, Libertadores e até o Mundial de Clubes.

COINCIDÊNCIAS

Conforme aponta Jackson, que é vice-presidente da Embaixada Sama Fla, há algumas coincidências, que segundo ele, são favoráveis ao time brasileiro. A primeira, óbvia, é sobre o possível adversário da final do Mundial, o Liverpool. Outra curiosidade que Jackson lembrou é que o Flamengo foi campeão da Libertadores em 1981, no dia 23 de novembro, mesma data do jogo contra o River Plate. Naquela oportunidade, o Rubro-Negro precisou de três jogos para superar o Cobreloa, do Chile. O primeiro jogo foi no Maracanã (vitória do Flamengo por 2 a 1), o segundo, no Chile (derrota por 1 a 0), e o terceiro, de desempate, em Montevidéu, no Uruguai (vitória do Flamengo por 2 a 0).

FLAMENGUISTAS DESDE O VENTRE

Outro fato em comum entre os torcedores é que todos dizem que são flamenguistas desde quando nasceram. Jackson afirma que já era torcedor do Flamengo no ventre da mãe. Ele conta que nasceu numa família rubro-negra. Jasson, que é secretário municipal de Esportes, diz que, apesar de a mãe dele torcer para o Botafogo, o pai é flamenguista e lhe influenciou a torcer para o Mengão. Para Junior, salva-vidas, também não foi difícil torcer para o Mais Querido. No entanto, ao contrário de Jasson, foi por influência da mãe, que venceu a queda de braço com o pai, botafoguense, que hoje ele é flamenguista. O torcedor lembra que quando completou um ano de vida, o tema da festa do aniversário foi o Mengão.

EMOÇÃO À FLOR DA PELE

Não é novidade que os flamenguistas andam empolgados e emocionados com a atual fase do time. Os torcedores entrevistados atribuem esse bom momento ao trabalho feito pela diretoria desde 2013, conforme lembrou Júnior. Para Jackson o time saiu da condição de maior devedor para o mais rico do Brasil na atualidade. Jasson afirma que o bom momento do time é um presente para o torcedor brasileiro, “que necessitava ver um bom futebol no Brasil”.

BRASILEIRÃO

O Flamengo volta a campo neste domingo, pela 28ª rodada do Campeonato Brasileiro, para enfrentar o CSA, no Maracanã, às 19h. E a empolgação do torcedor é tanta que já havia, na tarde desta sexta-feira (25), mais de 51.000 ingressos vendidos para o jogo.

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