Personagem marcante da história do Espírito Santo, voz nas lutas sociais do norte do Estado, Dom Aldo Gerna completa 90 anos nesta sexta-feira (7). “Estou feliz, muito contente e gosto de viver, enquanto ainda sou autossuficiente”, disse o bispo emérito de São Mateus durante entrevista na tarde de quinta-feira (6) à Rede TC de Comunicações.

Aos 90 anos, Dom Aldo mantém a lucidez e ainda participa da celebração de missas na Catedral, quando possível. Foto: Diocese de São Mateus/Divulgação

Dom Aldo lembra que outra data importante na vida dele está próxima. Em 1º de agosto, completa 50 anos de sagração como bispo.

Para esta sexta, dia do aniversário natalício, pretende manter a rotina diária. Pela manhã, presidiria uma missa na capela da própria casa, em Guriri, reservada a poucas pessoas do seu círculo de convivência por conta da pandemia.

E a saúde do bispo, como está? “Eu diria que da barriga para cima estou melhor, da barriga para baixo é o problema, porque tenho artrose e caminho com fadiga. Mas, leio muito. Então a cabeça tem de funcionar mais. Claro que tenho alguma dificuldade da idade, mas normal” – detalha. Para diminuir a fadiga, faz exercícios de pilates.

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Além de lúcido, Dom Aldo mostrou descontração durante a conversa com a Reportagem. Ele brinca que chega aos 90 anos por uma distração do Pai Eterno. “Esqueceu de me levar”, completa.

Em oração, e em silêncio

Dom Aldo recorda que, por força da idade, aos 75 anos renunciou ao posto de bispo que administra a Diocese, que foi acatada um ano depois. “Aceitaram minha renúncia aos 76 anos. São 13 anos vivendo em Guriri como bispo emérito. Pensava que seria pouco tempo de vida e aí estou nesta realidade que está continuando naturalmente” – afirma.

Nestes 13 anos após a renúncia, o bispo ressalta que tem atuado mais em oração e em silêncio. Ele explica que não deve e nem deseja se envolver na organização da Diocese.

Bispo emérito de São Mateus, Dom Aldo Gerna nasceu no dia 7 de maio de 1931, em Arigna, no Município de Ponte in Valtellina, Província de Sôndrio, na Itália. Foto: TC Digital

Gratidão à Tribuna do Cricaré

“Aproveito para agradecer a Tribuna do Cricaré que me acompanhou durante os anos de serviço com muito apoio. Parece até ser um jornal da Igreja, tanto que ajuda e apoia a Igreja” – manifesta Dom Aldo. Ele detalha que até hoje lê a TC diariamente, sempre logo após tomar o café-da-manhã.

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O bispo emérito frisa que o apoio com as notícias anima a caminhada da Igreja, que avalia não ser fácil nos tempos atuais, “onde pairam muitas dúvidas”.

Sendo assim, enaltecendo a relação com a TC, adianta que, enquanto estiver vivo, continuará expondo essa gratidão.

Chegada de Dom Aldo na Diocese ocorreu em 1957

Dom Aldo nasceu no dia 7 de maio de 1931, em Arigna, no Município de Ponte in Valtellina, Província de Sôndrio, na Itália. Filho de Andrea e Teresa Gerna, foi ordenado padre em Roma, na Basílica de São João de Latrão, em 22 de dezembro de 1956.

Como padre comboniano, Dom Aldo chegou ao Brasil em 27 de novembro de 1957, entrando a serviço da Diocese de São Mateus em 9 de dezembro de 1957. Eleito segundo bispo de São Mateus no dia 24 de maio de 1971, ele foi sagrado e tomou posse no dia 1° de agosto de 1971. O Papa Bento XVI aceitou a renúncia dele no dia 3 de outubro de 2007.

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Foto de destaque: Diocese de São Mateus/Divulgação

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