SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Segundo a Bloomberg, China e Estados Unidos chegaram a um entendimento sobre os termos da fase um do acordo comercial, que deve ser anunciada ainda nesta quinta-feira (12). Com a notícia, a cotação do dólar no Brasil acentuou o movimento de queda e fechou a R$ 4,094, queda de 0,67%.
O dólar operou em queda durante boa parte do pregão, após o presidente americano, Donald Trump, tuitar por volta das 11h que está muito próximo de um acordo comercial para encerrar a guerra comercial com a China. “Chegando muito próximo a um grande acordo com a China. Eles querem isso e nós também!”, escreveu Trump.
Segundo a agência, o acordo inicial envolve o adiamento de novas tarifas americanas a importações chinesas e cancelamento de algumas taxas existentes.
​O real também ganha força com a mudança de perspectiva para o Brasil da agência de classificação de risco de crédito Standard & Poor’s (S&P). A agência elevou na quarta (11) de estável para positiva a perspectiva para o rating de longo prazo em moeda estrangeira do Brasil, hoje em BB- (três degraus abaixo do selo de bom pagador).
Após a decisão da S&P, o ministro Paulo Guedes (Economia) afirmou nesta quinta que espera uma antecipação na melhora da nota do país.
“A nossa expectativa é que estamos já a caminho do upgrade. Isso normalmente leva dois anos, mas acho até que vamos conseguir antecipar. Se mantivermos o nosso ritmo de reformas, o Brasil vai retomar um crescimento acelerado muito rapidamente”, disse Guedes.
O governo tem destacado que, atualmente, o risco-país do Brasil medido pelo CDS (Credit Default Swap) de cinco anos está no menor patamar em mais de seis anos, mas a nota de crédito ainda não reflete isso.
O índice funciona como um termômetro informal da confiança dos investidores em relação a economias, especialmente as emergentes, e sua queda pode indiciar uma melhora futura no grau de investimento do país.
Nesta sessão, o CDS (Credit Default Swap) brasileiro caiu pelo sétimo pregão seguido e foi a 102,7 pontos, menor valor desde janeiro de 2013.
Ainda contribui para o cenário positivo apostas de investidores de novos cortes na Selic. Na véspera, o Copom (Comitê de Política Monetária) reduziu a taxa básica de juros de 5,0% para 4,5% ao ano, nova mínima histórica. Parte do mercado viu no comunicado da decisão uma alta probabilidade de um novo corte em fevereiro, de 0,25 ponto percentual.
O Ibovespa refletiu o bom humor dos investidores e atingiu nova máxima histórica a 112.199 pontos, alta de 1,1%.

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