O chefe da Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa de Nova Venécia (DHPP), Willian Dobrovosk Simonelli Daniel, afirmou na tarde desta sexta-feira (26) que trabalha com a hipótese de crime de mando no assassinato do diretor do Sine de Nova Venécia. Dionízio Gonzaga de Oliveira foi morto a tiros quando chegava para trabalhar na manhã de terça-feira (23).

Em entrevista coletiva, o delegado afirmou que o suspeito detido ontem morava em Pinheiros e estava escondido em Boa Esperança. Após a oitiva, o suspeito foi encaminhado para o Centro de Detenção Provisória de São Mateus. O delegado frisou que durante o depoimento, acompanhado por um advogado de defesa, o suspeito optou por ficar em silêncio.

Willian Dobrovosk disse que a investigação trabalha a partir de agora para elucidar a motivação do crime. Segundo o delegado, outros envolvidos no crime estão sendo identificados, porém ele não passou mais detalhes da investigação para não prejudicar o levantamento das informações.

De acordo com o chefe da DHPP, na cena do crime haviam dois envolvidos, sendo que um deu suporte em um carro e outro foi o atirador, o executor do assassinato. O delegado acredita que o suspeito detido é o atirador, porque “a compleição física do executor é semelhante ao [suspeito] que foi preso”.

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O delegado afirma ainda que o suspeito é o dono do carro usado no crime. Inclusive, as investigações apontam que o suspeito havia colocado o veículo à venda cerca de 3 dias antes do crime. No anúncio, o veículo era oferecido como carro para roça. Willian Dobrovosk explica que esse tipo de negócio é feito quando a pessoa que se livrar do veículo com um preço mais baixo porque o carro pode vir a dar problema.

Ainda segundo o delegado, o suspeito já tem passagem pela polícia pelos crimes de receptação, tráfico de drogas e homicídio qualificado. Ela estava em liberdade desde dezembro do ano passado que obteve um alvará de soltura do sistema penitenciário do Estado. O suspeito detido nesta sexta também é apontado com o autor de uma tentativa de latrocínio ocorrido no final de 2020 em Boa Esperança, ou seja, logo após ser libertado da prisão.

 

PRISÃO

O delegado Willian Dobrovosk explica como foi feita a apreensão do suspeito. Segundo ele, policiais militares de Boa Esperança, que já haviam compartilhado informações, viram o suspeito em um outro veículo, diferente do usado no crime. O delegado afirma que o suspeito já havia vendido o carro e comprado outro.

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“Os policiais militares deram a informação, fizeram campana, e eu peticionei autorização da Justiça para entrar na residência. Essa investigação demonstra o compartilhamento de informações entre as forças de segurança para elucidar esse crime”.

Também foram apreendidos telefones celulares. O delegado afirma que com os aparelhos, aliados aos métodos investigativos e laudos periciais, o crime será resolvido em breve. Testemunhas também já foram ouvidas. A arma do crime não foi encontrada. Willian Dobrovosk detalha ainda que o suspeito divulgava fotos e vídeos ostentando armas de fogo.

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