Com uma taxa de crescimento acumulada de +40,7%, a agricultura foi o setor que mais contribuiu para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) 2018 do Espírito Santo. No acumulado do ano, a economia capixaba manteve tendência de alta, totalizando expansão de +2,4%, mais que o dobro da taxa nacional (+1,1%). Em termos nominais, o PIB do Espírito Santo no quarto trimestre de 2018 foi de R$ 30,3 bilhões. Já em valores acumulados, o PIB nominal capixaba totalizou R$ 120,8 bilhões no ano de 2018.

Os dados foram apresentados nesta terça-feira (19) pelo Instituto Jones dos Santos Neves (IJSN), em entrevista coletiva. Trata-se de uma estimativa de PIB calculada trimestralmente pelo IJSN, de modo a anteceder o PIB anual, cujos resultados possuem defasagem de dois anos. O cálculo do PIB Estadual é realizado em parceria com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A boa performance do setor agrícola capixaba é atribuída ao aumento na produção das principais culturas do Estado, com destaque para Café Conilon (+58,3%), Café Arábica (+26,1%), Pimenta-do-Reino (+77,1%) e Cacau (+57,7%). Outros produtos também registraram aumento na produção: Coco (+26,6%), Banana (+20,5%), Mamão (+13,5%), Cana-de-açúcar (+10,4%), Tomate (+6,6%) e Abacaxi (+1,1%).

“Os números são positivos e nos trazem otimismo, ainda que contido. Estamos num movimento ascendente e a economia capixaba dá mostras de recuperação, puxada por um crescimento importante na agricultura. Apesar de ter um peso pequeno no PIB, a agricultura é o setor econômico predominante na maioria absoluta dos municípios capixabas” – destaca o diretor-presidente IJSN, Luiz Paulo Vellozo Lucas.

Para o secretário de Agricultura Paulo Foletto, o destaque positivo da agricultura torna-se ainda mais expressivo quando considerados os importantes desafios enfrentados pelo Estado durante a crise hídrica. “Apesar da seca intensa que atingiu o Estado há quatro anos, esse resultado significa investimento em tecnologia e pesquisa. A ideia agora é melhorar ainda mais esses números” – observou.

O titular da pasta de Economia e Planejamento, Álvaro Duboc, pontuou que a recuperação da economia beneficia a população, porque favorece a geração de emprego e renda. “O Governo do Estado trabalha mantendo o equilíbrio das contas, determinado a fortalecer os diversos setores da economia capixaba, em especial, o da agricultura. Estamos trabalhando para fortalecer os órgãos ligados ao setor, como a Seag e o Incaper, para que, dessa forma, possamos oferecer mais condições aos produtores rurais, tendo em vista a importância dessa atividade para a economia capixaba” – ressaltou o secretário.

Comércio também é destaque

Outro setor que contribuiu significativamente para o desempenho positivo da economia capixaba em 2018 foi o Comércio, uma vez que possui o segundo maior peso na estrutura econômica estadual. O destaque no setor fica por conta do Comércio Varejista Ampliado (Varejo restrito, inclusos as atividades de Veículos, motocicletas, partes e peças e de Construção Civil), com crescimento acumulado em 2018 de +13,5%. O Varejo Restrito também teve expansão (+7,7%) no ano.

“Isso é um indicativo de investimento das famílias. No comércio varejista ampliado, tivemos crescimento nas vendas de móveis, eletrodomésticos e de veículos, por exemplo, isso é sinal de aumento da confiança do capixaba no comportamento da economia” – avalia o presidente do IJSN, Luiz Paulo Vellozo Lucas.

Os crescimentos da Agricultura e Comércio foram contrabalançados por pequenas retrações em Serviços (-1,1%) e Indústria Geral (-0,9%), sendo esta última impactada pela Indústria de Transformação (-2,8%).

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