SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Responsável pela operação que prendeu o policial militar aposentado Fabrício Queiroz, que é ex-assessor de Flávio Bolsonaro e amigo do presidente Jair Bolsonaro, o delegado Osvaldo Nico Gonçalves tornou-se conhecido por um episódio peculiar, em 2005.

Em 13 de abril daquele ano, durante partida entre São Paulo e Quilmes pela Libertadores, no estádio do Morumbi, o zagueiro argentino Leandro Desábato gritou com o atacante Grafite, do time brasileiro, que o empurrou e, então, foi expulso.

Nico, que estava na região do Morumbi em ação contra flanelinhas, viu na televisão a cena em que Desábato havia xingado Grafite de “macaco”. Ele, então, procurou o jogador no vestiário e ouviu que ele gostaria de prestar queixa, segundo disse Nico posteriormente.

Após o término da partida, o delegado deu voz de prisão a Desábato ainda no gramado, rodeado de câmeras.

Desábato ficou 36 horas preso em São Paulo. Meses depois, Grafite desistiria de prestar queixa contra o zagueiro argentino para colocar um ponto final no caso, que, segundo ele, estava atrapalhando sua carreira.

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Atual chefe do Dope (Departamento de Operações Policiais Estratégicas) da Polícia Civil, Nico é presença constante em ações policiais de grande repercussão em São Paulo.

Ele participou, por exemplo, de ação em 2010 na qual policiais se disfarçaram de cabos eleitorais e criaram um falso candidato a deputado federal para conseguir ter acesso a traficantes na favela de Heliópolis, na zona sul de São Paulo.

Também participou das prisões do jornalista Pimenta Neves, em 2011, e do médico Roger Abdelmassih, em 2014.

Ele também é dono de bares, lanchonetes e restaurantes que levam o seu nome no Ipiranga, bairro da zona sul de São Paulo.

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