O deputado federal Da Vitória foi à Petrobras pedir que a estatal não tire do litoral norte capixaba a plataforma instalada no campo de Cação, entre Linhares e São Mateus. Conforme destaca a assessoria do parlamentar, apesar da estrutura não operar desde 2010, a plataforma serve como um recife natural, atraindo diversas espécies de peixes.

Deputado Da Vitória ressalta que a contratação do descomissionamento da plataforma está estimada em mais de R$ 120 milhões. Fotos: Divulgação

“No pedido encaminhado à Petrobras, à Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) e à Secretaria de Governo da Presidência da República, Da Vitória justifica que foi procurado por um grupo de pescadores de Uruçuquara e Barra Seca [São Mateus], e Pontal do Ipiranga [Linhares], além de empresários do litoral dos dois municípios que defenderam a permanência da estrutura, que atualmente serve de atrativo turístico para praticantes de pesca esportiva e da própria atividade pesqueira na região” – frisa o parlamentar.

“Em contato com os pescadores da região, recebi este pedido. Eles vivem das atividades econômicas da pesca e do turismo pesqueiro e as estruturas são essenciais para a vida marítima no local. Semanalmente dezenas de profissionais praticantes de mergulho, de pesca esportiva, vão ao local, estimulando o turismo. Isso gera renda para as famílias que moram na região que também exercem a atividade pesqueira” – argumentou o deputado Da Vitória no documento.

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Além disso, o parlamentar ressalta que a contratação do descomissionamento da plataforma está estimada em mais de R$ 120 milhões. “Não justifica gastar essa quantia para retirar a estrutura que não é mais utilizada e não tem prejuízo ambiental nenhum, pelo contrário, a plataforma ajuda na preservação da vida marinha”, complementa Da Vitória.

PLATAFORMAS

De acordo com a Petrobras, o campo de Cação, na Bacia do Espírito Santo, ficou em operação por 32 anos, com a primeira produção de óleo em 1978. O ciclo de produção foi encerrado em 2010 e o projeto de desativação e remoção das estruturas foi aprovado pela ANP, pelo Ibama e pela Capitania dos Portos do Espírito Santo.

A previsão da Petrobras era iniciar o processo de descomissionamento em 2020. No entanto, pescadores e lideranças regionais querem embargar a retirada das estruturas do local propondo o naufrágio controlado transformando a região em um recife artificial. No entanto a própria estatal já declarou à Rede TC de Comunicações que não existe nenhum plano para a construção de um recife artificial na região.

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