O projeto de criação do curso de Medicina no Centro Universitário Norte do Espírito Santo (Ceunes) deve ser apresentado em julho ao Conselho Departamental. A proposta está em construção numa comissão da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes). Na quarta-feira (22), o diretor do Ceunes, Luiz Antonio Favero Filho participou de reunião com a reitoria, em Vitoria, para tratar do tema.

O professor detalha que o encontro serviu para a comissão detalhar os trabalhos desenvolvidos até o momento e receber, da reitoria da Ufes, contribuições na elaboração do projeto. Conforme o diretor, a expectativa é de que o projeto seja concluído em até 15 dias para então ser submetido ao Conselho Departamental do Ceunes.

Luiz Favero salienta que há uma portaria do Ministério de Educação que impede, no momento, a criação de novos cursos. “Mas o desejo da reitoria, na qual eu concordo, é ter um projeto pronto, que demonstre a importância do curso para a região, a importância do curso numa instituição pública, além dos investimentos necessários, como laboratórios e salas de aulas, equipamentos e professores e técnicos a serem contratados” – sustenta.

Com o projeto em mãos, o próximo passo é aprová-lo no Conselho Departamental do Ceunes. Com isso, a comunidade acadêmica sinaliza para a reitoria da Ufes o interesse de continuar lutando pela implantação do curso de Medicina em São Mateus.

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O diretor Luiz Favero destaca ainda que a reitoria demonstrou ser favorável à implantação do curso de Medicina no Ceunes.

Outra frente, segundo o professor, é lutar pela derrubada da portaria do MEC que impossibilita a abertura de novos cursos. Na sequência, se empenhar para que o Ministério da Educação entenda a importância da implementação do curso destinando os recursos financeiros e humanos necessários.

Curso de Medicina fortalece outras áreas, diz diretor

O diretor Luiz Antonio Favero Filho destaca que a implantação do curso de Medicina no Ceunes beneficiará outros cursos já existentes, possibilitando futuramente a criação de mais formação na área da saúde.

“Vai ter mais salas de aulas, laboratórios, professores, técnicos do corpo administrativo, abre a possibilidade para outros cursos e a utilização desta estrutura para os já existentes”, ressalta o professor. Ele reforça também a importância para o desenvolvimento regional, lembrando que atuava na Universidade Federal do Recôncavo da Bahia quando foi instalado o curso de Medicina no campus.

Além do curso de Medicina, outra luta da sociedade do norte capixaba, abraçada pela Rede TC de Comunicações, é a transformação do Ceunes em Universidade Federal.

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Ampliar relações com a comunidade externa

Reeleito pela comunidade acadêmica, o diretor Luiz Antonio Favero Filho destaca que, junto com a vice-diretora eleita Vivian Estevam Cornélio, tem o objetivo de ampliar as relações do Ceunes com a comunidade externa. A expectativa é que a chapa seja confirmada e nomeada pela reitoria da Ufes. A posse acontece no dia 11 de agosto.

Os professores Vivian e Luiz foram eleitos para direção do Ceunes no quadriênio 2022 a 2026.

“A gente entende que a universidade tem esse compromisso, o dever de dialogar, tanto com o poder público e empresas como a sociedade civil. E isso trará um fortalecimento muito maior para a região” – destaca.

O professor frisa que o processo eleitoral serviu também para ouvir as pessoas e várias ideias surgiram para melhorias em questões burocráticas acadêmicas e administrativas. Um ponto comum é continuar tentando a melhoria da estrutura física do Ceunes.

“A gente quer oferecer melhores condições de trabalho para servidores, técnicos, docentes e para estudantes. A gente quer enfrentar a questão do acolhimento, questão da permanência dos estudantes e servidores no nosso campus” – sustenta.

Um objetivo é transformar o campus num centro de vivência, possibilitando um espaço para que estudantes e servidores possam descansar, conversar e interagir. “Um verdadeiro espaço de vivência universitária”, enfatiza.

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COMBATE À EVASÃO

A professora Vivian Estevam Cornélio relata que um dos desafios para o quadriênio é o combate à evasão estudantil. Conforme disse, o intuito é realizar diversas ações que possibilite a permanência dos estudantes, principalmente em relação aos impactos da pandemia.

“A nossa gestão terá um diálogo planejado, propositivo, que a gente consiga realmente atingir a participação de toda a comunidade universitária. A gente estará sempre aberto ao diálogo para se tornar realmente uma gestão coletiva’ – reforça.

Vivian enfatiza ainda o objetivo de aproximar a comunidade interna à externa, como escolas, empresas e órgãos públicos. Um dos benefícios com isso é evidenciar os cursos e as ações, além de ampliar as parcerias. “Que a gente possa qualificar, melhorar a vivência, o sentimento de pertencimento da comunidade, de estudantes e servidores”, sustenta.

Foto de destaque: TC digital/Arquivo

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