O Carnaval começa hoje em Guriri e durante a folia, a maioria das pessoas sai para festejar, aproveitar a música e se divertirem. É uma época do ano que celebra a felicidade e a beleza, mas sempre é preciso lembrar de se cuidar e não vacilar para não perder a festa.
“A alimentação é uma parte crucial desse cuidado, pois é o combustível do seu corpo, se ele não estiver funcionando corretamente, não há como curtir as festas”, conta Kelvin Taporosky, nutricionista.
Quem aproveita o Carnaval costuma dormir pouco, ficar entre muita gente, suar muito e comer besteiras, e isso envolve gastar muita energia. Mas o que fazer para recuperá-la? A resposta do nutricionista é simples: beber muita água.
“O consumo de álcool nessa época, além de ser prejudicial ao cérebro, favorece a diurese. Através da inibição da vasopressina, ele evita que os rins reabsorvam a água do corpo. Por isso, após consumir álcool, vamos ao banheiro constantemente. A água não para em nosso organismo e não é aproveitada” – afirma o nutricionista.
Esse fator, além de atividades como dançar, pular, ficar muito tempo em movimento, contribuem para a desidratação. “Não é preciso deixar o álcool de lado, mas paralelamente, beber água também. Como sabemos que o pessoal extrapola, esse cuidado vai amenizar possíveis danos” – aconselha Kelvin.
DORES
A dor no corpo, dor de cabeça e mal-estar, mais conhecidos como ressaca, é um dos sintomas da desidratação, que acontece fortemente no Carnaval, assim como a intoxicação alimentar.
“Quando saímos de casa para o Carnaval e acabamos ficando com fome, é comum comer lanches, que são comidas mais fáceis e rápidas, porém não conhecemos a procedência dos ingredientes ou se foi bem preparado e armazenado. No momento de euforia, acabamos não percebendo e mais para a frente vai ser preciso lidar com a intoxicação alimentar” – explica.
É preciso ficar atento ao que você consome e quanto consome para evitar problemas e não vacilar nas festas, lembre-se de comer bem e beber água para ter um bom feriado.
Aproveitando o calor, mas sem enxaqueca
Assim que os termômetros começam a registrar o aumento das temperaturas, as pessoas que sofrem com enxaqueca ficam em alerta na tentativa de se desviar das crises causadas pelo calor.
Segundo a neurologista Elza Magalhães, “a pessoa portadora de enxaqueca sente mais dores no Verão porque o excesso de luminosidade e as altas temperaturas funcionam como gatilho para crises e durante a exposição ao Sol, o centro modulador de dor do portador de enxaqueca é ativado, levando a uma maior dilatação das artérias das meninges e do córtex cerebral fazendo com que uma crise seja deflagrada”.
De acordo com a médica, outro fator que precisa de atenção é a mudança drástica de temperatura causada pelas mudanças de ambientes climatizados para ambientes não climatizados. “A rápida mudança de temperatura também pode desencadear a crise de dor devido à súbita e intensa contração seguida de dilatação dos vasos sanguíneos do interior da cabeça”.
É importante ressaltar que o tratamento preventivo da doença ainda é a melhor forma de evitar as crises intensas e frequentes, e diminuir a sensibilidade a fatores externos que funcionam como gatilho de dor. “Os tratamentos medicamentosos considerados de primeira linha pelo consenso da Sociedade Brasileira de Cefaleia, divulgado em 2019, são a Toxina Botulínica A e o Topiramato para os quadros crônicos, mas existem várias outras opções para tratamento dos quadros de enxaqueca episódica. Consulte um especialista para um tratamento mais adequado” – orienta.
Se este é o seu caso, fique de olho nas dicas que podem te ajudar a aproveitar o Verão com menos dores de cabeça:
. Evitar exposição direta ao Sol, usar óculos escuros para evitar penetração de muito estimulo luminoso na retina (esse é um gatilho importante de crises).
. Beber bastante água ao longo do dia para manter-se hidratado, para ajudar no equilíbrio da temperatura corporal.
. Consumir alimentos mais leves e ricos em água, como frutas e verduras. Mas atenção: vale consultar o neurologista a respeito de alguns alimentos que podem atuar como gatilho de dor, já que eles variam de pessoa para pessoa.
. Praticar atividade física em horários que a temperatura esteja mais amena e, mais uma vez, investir na água durante os exercícios.
. Tomar banhos mais frios ou fazer compressas de água fria na cabeça para diminui a temperatura corporal, principalmente se estiver em um risco iminente de crise.
. Dormir em ambiente arejado, silencioso e com roupas confortáveis.
