As medidas para redução de custos da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), em decorrência dos cortes do Ministério da Educação (MEC) são válidas até dezembro e já atingem o Centro Universitário Norte do Espírito Santo (Ceunes). Respondendo pelo Centro, em virtude de licença médica do diretor Luiz Antônio Fávero Filho, a vice-diretora Ana Beatriz Neves Brito avalia que a situação é preocupante. “A gente não sabe como vai chegar ao fim do ano. É uma incógnita” – frisou.

A Administração Central da Ufes comunicou que o Orçamento de 2019 da universidade previa R$ 71 milhões para despesas de custeio e o MEC bloqueou 38% desta verba. Ana Beatriz lembrou que em reunião no dia 8, a reitoria comunicou que o recurso bloqueado foi retirado da conta da universidade. Na oportunidade, a Ufes ainda anunciou medidas de redução de custos que atingem também o Ceunes. “Realmente virou corte”, sustentou.

Os estudantes do Ceunes já perceberam o impacto das medidas ao iniciarem o segundo semestre, na segunda-feira (12). Ana Beatriz salienta que até o uso de ar-condicionado foi suspenso. As exceções são para as salas que não têm janelas, os laboratórios com equipamentos mais caros e as salas que não têm laje.

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A vice-diretora detalha que foi limitado o corte de grama apenas para as áreas de circulação e próximas de salas de aula e de professores. A poda de árvores só será realizada em caso de emergência. O serviço de limpeza de todo o campus, que era realizado por 16 pessoas, passará a ser feito por sete. A vice-diretora acrescenta que haverá cortes também na manutenção de equipamentos e em material de consumo, como pincel, apagador e papel. “A gente vai ver o que sobrou de material de consumo do semestre passado e tentar ver como chega ao fim do ano”, declarou.

ESTUDANTES
Ana Beatriz lamentou que também foram suspensas as ajudas de custo para eventos fora do Município e as bolsas de iniciação científica, de monitoria e de extensão para os estudantes. Entretanto salienta que pelo menos as bolsas de auxílio permanência (transporte, moradia e alimentação) foram mantidas.

Segurança do campus é mantida

A vice-diretora Ana Beatriz relatou que a Ufes fará cortes também na área de segurança. Mas que, à princípio, esses cortes não afetarão os centros de São Mateus e de Alegre. Conforme disse, os contratos de vigilância patrimonial foram mantidos, “pelo menos até que as vagas possam ser completadas por policiais militares reformados, num acordo existente entre a universidade e o Governo do Estado”.

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Ana Beatriz frisa que, atualmente, seis militares trabalham no Ceunes “e a segurança patrimonial está no limite, não permitindo redução”. Entretanto, foram suspensos serviços de postagens através dos Correios, além de passagens e diárias para professores participarem de eventos fora de São Mateus.

A vice-diretora lembrou que o Centro Universitário existe há muitos anos em São Mateus e o desejo é continuar prestando um serviço de qualidade. No entanto, detalha que os investimentos nas universidades federais vêm sendo diminuídos a cada ano. “A gente não sabe mesmo como vai chegar ao fim do ano”, reiterou.

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