O corpo de Eurico Miranda, ex-presidente do Vasco, deve ser sepultado na tarde desta quarta-feira (13) no Cemitério São João Batista, em Botafogo, no Rio de Janeiro (RJ). O horário não foi confirmado pelos familiares. O velório acontece na Capela Nossa Senhora das Vitórias, em São Januário. Ele morreu no início da tarde desta terça-feira (12), no Hospital Vitória, na Barra da Tijuca. O cartola estava em tratamento contra câncer no cérebro e foi hospitalizado horas antes, segundo relatou um dos filhos à imprensa.
Um dos dirigentes mais polêmicos do futebol brasileiro, Eurico tinha 74 anos e deixa esposa, quatro filhos e oito netos. O dirigente estava em estado grave e não conseguia mais se alimentar nos últimos dias. Após encarar um câncer na bexiga e no pulmão, o dirigente lidava com um tumor no cérebro desde 2018. Ele sofreu um derrame durante o tratamento, que piorou o estado de saúde.
Eurico Miranda foi presidente do Vasco em dois períodos, de 2001 a 2008 e de 2014 a 2017. Nesta última etapa, conquistou o tricampeonato carioca de futebol. Entretanto, foi como vice-presidente na gestão de Antônio Soares Calçada que ele teve a passagem mais marcante pelo Vasco da Gama, entre 1986 a 2000. Foram seis conquistas estaduais, três brasileiros, uma libertadores, uma Mercosul e um Rio-São Paulo.
Esta campanha inesquecível do clube garantiu a Eurico a eleição e reeleição para o Congresso Nacional. Foi eleito deputado federal nas eleições de 1994 e 1998. Durante o mandato parlamentar, foi um dos investigados na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar irregularidades do futebol brasileiro.
Dos três rebaixamentos do clube para a segunda divisão do futebol, Eurico foi presidente em dois: 2008 e 2015. Sempre polêmico, muitas vezes proibiu a entrada de órgãos de imprensa e de determinados jornalistas de entrarem na sede do Vasco, em São Januário. Em 2017, tentou ser eleito mais uma vez presidente do Vasco, mas acabou derrotado.