Compradores de imóveis na planta exigem a conclusão do condomínio Moradas do Vale, localizado no Bairro Jaqueline, próximo ao fórum estadual. O empresário Karlony Zucolotto, primeiro mutuário do empreendimento, disse que já quitou o apartamento, faltando apenas cumprir o restante do contrato com a Caixa Econômica Federal que seria após receber a chave do imóvel. Segundo ele, a Caixa afirma que falta 5% do empreendimento para ser concluído, o que representaria em torno de R$ 2 milhões. “Um sonho que virou pesadelo”, frisa.
Karlony destaca que quando aderiu ao empreendimento, sonhava em morar com a família num local com segurança e conforto. Na época, tinha um filho com 2 anos de idade. “Hoje já tenho três. Comprei um lote e já construí uma casa onde moro há quatro anos com a minha família e até hoje não entregaram o apartamento. Naquela época, era um sonho morar em São Mateus num condomínio fechado, com piscina e parquinho para as crianças”.
Líder de um grupo que reúne cerca de 20 mutuários que reivindicam o término do empreendimento, Bruna Bonomo enviou à Rede TC fotos da última ação realizada pelo grupo. Segundo ela, “foi mais uma ação dos mutuários do residencial Moradas do Vale com o objetivo de receberem notícias com relação a contratação da nova construtora para a finalização da obra”. Ela disse que no 6, eles fizeram uma manifestação defronte ao condomínio e também na agência da Caixa de São Mateus, colando cartazes nos dois locais.
“A seguradora Berkley foi acionada pela Caixa desde junho de 2017 e teria 3 meses para se manifestar. Isso se arrasta por mais de um ano sem termos nenhum parecer oficial da Caixa. Solicitamos desde o dia 24 de setembro de 2018 autorização para visitar o empreendimento e também não tivemos retorno para a liberação”.
Segundo Bruna, há ainda um pedido para uma audiência na superintendência regional da Caixa. Em resposta anterior à Rede TC, a Caixa informava que a seguradora responsável pelo Residencial Moradas do Vale, já estava analisando propostas de construtoras substitutas para a retomada das obras do empreendimento e que o sinistro do empreendimento já havia reconhecido. No final de setembro, os mutuários recorreram ao Ministério Público Federal em São Mateus com um pedido de orientação.
São Mateus–ES