Os comerciantes de São Mateus estão revoltados com a decisão do governador Renato Casagrande em estender o prazo de fechamento das lojas de um modo geral. Pelo decreto anterior, as lojas ficariam fechadas até domingo (12) e poderiam reabrir a partir de segunda-feira. Hoje, em reunião na Sala de Situação de Emergência em Saúde Pública, o governador decidiu prorrogar as restrições até o próximo fim de semana, dia 19.

Na verdade, os comerciantes vinham durante toda essa semana se preparando para a reabertura das lojas na próxima segunda-feira.

A decisão do governador em manter os estabelecimentos fechados surpreendeu a maioria dos comerciantes, que reclamam da falta de planejamento e dos inúmeros problemas financeiros que o fechamento provoca.

Os comerciantes afirmam que as medidas impeditivas não são razoáveis e não apontam nenhuma solução para os problemas de possível transmissão do novo coronavírus, pois vários estabelecimentos, entre bancos, lotéricas e alguns segmentos lojistas, estão abertos e registram enormes filas sem que o poder público adote providências para correção da situação.

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Hoje, ao tomar conhecimento da continuidade da imposição do fechamento das lojas, o dono de uma lanchonete tradicional em São Mateus afirmou que era “uma vergonha o que estão fazendo”, referindo-se ao governo estadual e desabafou: “a gente é que se exploda”.

Outro empresário, dos mais tradicionais do comércio de São Mateus, afirmou que segunda-feira (12) estará na porta da loja para atender seus clientes: “estou com três semanas fechadas, sem receber nenhum centavo, e tenho que pagar meus colaboradores e duplicatas”.

Esse mesmo empresário conclamou seus colegas: “se todos abrirem o comércio com critério, não vejo nenhum problema em responder todos juntos um processo”.

A convocação, feita em redes sociais, foi logo respondida por uma empresária: “isso mesmo! Vamos abrir nossos comércios”. Vários outros se manifestaram no mesmo sentido.

A sensação do empresariado é de revolta, pois não há um programa robusto dos governos federal ou estadual de apoio às empresas para enfrentamento das consequências do fechamento das lojas.

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As duplicatas vão se avolumando e as folhas de salários têm prazos certos para pagamento.

O desestímulo é latente, como afirma um empresário: “Essa vida de empreendedor é complicada demais no Brasil. Ao invés de termos benefícios, ficamos no prejuízo cada vez mais”.

Um jovem comerciante, da segunda geração dirigente de tradicional loja de São Mateus, emendou: “acredito que passou da hora de nos posicionarmos. Se maioria se posicionar em abrir e peitar o sistema, contem comigo”.

Ele sugeriu que um grupo de comerciantes procurassem o prefeito Daniel Santana para pressioná-lo para estar ao lado dos empresários nesse momento.

Mesmo querendo abrir suas lojas, os comerciantes não se descuidam do novo coronavírus.

Eles entendem que podem adotar medidas preventivas na reabertura, controlando o fluxo de clientes que entrem nos estabelecimentos, assim como tem funcionado nas outras lojas consideradas de segmentos essenciais.

 

1 COMENTÁRIO

  1. Interessante q a polícia tem d estar na rua para impedimento do trabalhador reabrir seu comércio enquanto o crime anda solto como sempre… medidas ridículas! acaba com essa safadeza q estão fazendo com estado autoridades.

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