Os impactos econômicos da pandemia do novo coronavírus são definidos por comerciantes mateenses como uma situação desesperadora. Eles entendem que só medidas fortes dos governos Estadual e Federal podem garantir uma sobrevida até que este cenário aterrador seja debelado. A Rede TC ouviu dois comerciantes, que pediram para não ter os nomes divulgados, frisando que o intuito não é entrar em atrito com as autoridades, mas, sim, buscar uma solução.

Foto: TC Digital

Um comerciante entende que o comércio deve ser reaberto, com os estabelecimentos seguindo cuidados de prevenção recomendados pelos órgãos de saúde, permanecendo o isolamento social dos colaboradores do grupo de alto risco de covid-19. Ele argumenta que há preocupação de como pagar funcionários e fornecedores, sem trabalhar. “O pessoal não está conseguindo, está ficando doido”, sustentou.

Mesmo com a abertura, esse comerciante entende que será preciso medidas nas esferas estadual e federal, como linhas de crédito facilitadas e com condições especiais, para dar um fôlego às empresas, além de adiamento de pagamento de impostos. Contudo, com essas medidas, ele não vê necessidade de que o governo arque com parte dos salários de cada empregado.

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Outro comerciante enfatiza que é preciso seguir as recomendações da Organização Mundial de Saúde e os decretos de fechamento dos estabelecimentos comerciais. Contudo pondera que os governos Federal e Estadual devem agir para diminuir os prejuízos provocados pelo novo coronavírus. Ele pede linhas de crédito com juros reduzidos, prazo de carência e pagamento a longo prazo.

Esse comerciante acrescenta que as ações devem ser não apenas para o salvamento das indústrias, mas também das médias e pequenas empresas e trabalhadores autônomos. “Se não facilitar nessas coisas, se não morrer pelo vírus, vai ter gente morrendo de fome”, avalia.

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CDL preocupada com a situação

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Procurada pela Rede TC, a presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de São Mateus, Rúbia Schueng, disse que a situação do comércio preocupa a entidade. De acordo com ela, a CDL está aguardando orientação dos órgãos competentes sobre o que pode ser feito pelos governos para diminuir os impactos econômicos do novo coronavírus.

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Conforme disse, essa preocupação não é exclusiva de São Mateus, mas acontece em todo Brasil e no Mundo. “O que temos que fazer é aguardar as medidas para depois definir as decisões que podemos tomar em relação a isso”, frisou.

Rúbia acredita que, com as medidas que foram tomadas, o Governo depois vai colaborar com benefícios ao comércio, por exemplo, com incentivos de linhas de crédito para os estabelecimentos comerciais se recuperarem.

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