DANIEL CARVALHO
BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – No auge da pandemia de Covid-19 no Brasil, o Palácio do Planalto teve nesta quinta-feira (8) uma cerimônia presencial para o cumprimento de oficiais-generais que haviam sido promovidos em um outro evento das Forças Armadas horas antes.

Os convidados estavam de máscara -alguns usavam, inclusive, duas. Sem o equipamento de proteção, apenas os músicos da banda que tocavam instrumentos de sopro -e, por alguns momentos, o presidente Jair Bolsonaro.

Na cerimônia, cada um dos 57 militares, alguns com suas companheiras, se dirigia ao dispositivo de honra para apertar as mãos de Bolsonaro, do vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB), da vice-primeira-dama, Paula Mourão, do ministro da Defesa, Walter Braga Netto, e da esposa dele, Kathya Maria Braga Netto, além das do comandante de cada Força.

Diante do primeiro militar, integrante da Marinha, Bolsonaro removeu sua máscara para começar a apertar as mãos. Ao fim do primeiro bloco de saudações, o presidente tornou a vestir a máscara, antes de começar os cumprimentos a oficiais do Exército e da Aeronáutica.

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Este não foi o primeiro episódio envolvendo cumprimentos de Bolsonaro a militares durante a pandemia.

Em 30 de abril do ano passado, durante visita ao Comando Militar do Sul, em Porto Alegre, Bolsonaro estendeu a mão e recebeu de volta saudação com os cotovelos, como mandava, desde aquela época, a etiqueta médica para evitar a proliferação do novo coronavírus. Na ocasião, porém, além do presidente, os militares também estavam sem máscara.

O primeiro a responder com o cotovelo na época foi o general Edson Pujol, que à época era comandante do Exército brasileiro, a autoridade máxima da instituição. Pujol foi demitido na semana passada, após troca em toda a cúpula militar brasileira, no que se tornou a maior crise nas Forças Armadas desde 1977.

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