A cobertura vacinal contra o sarampo –vacina tríplice viral contra sarampo, caxumba e rubéola– vem caindo no Espírito Santo nos últimos anos. É o que constatam os dados da Secretaria Estadual da Saúde (Sesa) enviados à Reportagem a pedido da Rede TC de Comunicações.

A meta de cobertura vacinal preconizada pelo Ministério da Saúde para o público-alvo de 6 meses a 5 anos, é de 95%. No Espírito Santo, segundo os números da Sesa, a cobertura foi de 85,93% em 2020 e de 78,35% em 2021.

Neste ano, ainda com a campanha em andamento, o Estado havia vacinado até terça-feira (10) apenas 16,20% das crianças de até 5 anos de idade, conforme demonstram os dados enviados pela Sesa. No Espírito Santo, o início da campanha foi antecipado para o dia 26 de abril e o Dia D aconteceu no dia 30 do mesmo mês. A campanha, que iniciou oficialmente no Brasil no dia 4 de maio, segue até 3 de junho, caso não aconteça prorrogação dessa data.

A campanha nacional de vacinação contra o sarampo contempla ainda aos trabalhadores da saúde. De acordo com a Sesa, para esse público-alvo específico não há meta preconizada a ser atingida pelo Ministério da Saúde.

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“A Secretaria ressalta a importância da imunização, em especial do público infantil, contra o sarampo, considerada uma doença extremamente contagiosa, podendo evoluir com complicações e óbito. Além disso, manter a cobertura vacinal adequada auxilia para a redução de casos” – reforça a Assessoria de Comunicação da Sesa.

Estima-se, segundo dados do Ministério da Saúde, que aproximadamente 365 mil capixabas estejam aptos a serem imunizados.

 

PAÍS ENDÊMICO

 

Vitória – A coordenadora do Programa Estadual de Imunizações e Vigilância das Doenças Imunopreveníveis, Danielle Grillo, reforça que o sarampo é uma doença infecciosa, aguda, transmissível e extremamente contagiosa, podendo evoluir com complicações e óbito, particularmente em crianças menores de um ano de idade.

“O Brasil voltou a ser um País endêmico para esta doença, com registros de surtos, o que fez com que perdêssemos o certificado de País livre do sarampo, em virtude das baixas coberturas vacinais. É importante que a população, em especial os pais de crianças de seis meses a menores de cinco anos, levem seus filhos à unidade de saúde mais próxima para receber também essa dose. A vacina contra o sarampo é uma estratégia já incorporada desde a década de noventa. É segura e auxilia a controlar surtos de sarampo, reduzir internações, complicações e óbitos” – destaca Danielle Grillo.

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CASOS

Em relação aos casos, o Estado registrou em 2022, até a semana epidemiológica 10, cinco casos suspeitos. Não há casos confirmados. Em relação aos anos anteriores, foram 41 casos suspeitos em 2021 e 48 casos suspeitos em 2020. Todos foram descartados e nenhum confirmado. Em 2019, foram confirmados quatro casos importados de sarampo, dos 304 suspeitos.

“Estamos há dois anos sem registrar casos confirmados por sarampo no Estado desde 2019, quando tivemos quatro casos importados, ou seja, pessoas que adquiriram a doença em viagem a estados com surto. Por isso, a vacinação é tão importante. É uma forma de cuidado com as crianças e com a nossa saúde para que, desta forma, também possamos voltar a ser um País livre do sarampo” – pontua a coordenadora.

 

INFLUENZA E COVID-19

Este ano, a 8ª Campanha Nacional de Seguimento e Vacinação de Trabalhadores da Saúde contra o Sarampo acontece concomitante às demais campanhas previstas, como da Influenza e a da Covid-19.

A Sesa frisa, mais uma vez, que é importante que os pais possam otimizar a vacinação dos filhos, solicitando a oferta, ao mesmo tempo, de doses de sarampo e de influenza.

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Já para os trabalhadores da saúde, também poderá ser feito conjuntamente à vacinação contra a Influenza e a Covid-19, por exemplo, à quarta dose (segunda dose de reforço) do público idoso.

 

Foto do destaque: Divulgação

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