Os ciclistas jaguarenses Wellinton Zava, morador de Água Limpa, e Wanderson Coimbra, da localidade do Palmito, completaram o desafio de pedalar 461 quilômetros atravessando o Estado do Espírito Santo em 19 horas e 28 minutos de pedal. A viagem começou na divisa com o Estado da Bahia e, contando com paradas para hidratação, alimentação e descanso, foi concluída 28 horas depois em terras cariocas.

Wellinton e Coimbra são amigos e já haviam registrado a marca de 260 quilômetros de pedal em junho do ano passado quando cortaram vários municípios do norte do Estado. Mas de acordo com os ciclistas, essa experiência foi única na vida deles.

 

 

PERCALÇOS NO CAMINHO

A largada, no extremo norte do Espírito Santo, aconteceu por volta das 18 horas de sábado, 22 de maio, e contou com uma situação inusitada, que segundo Wellinton, quase o fez desistir do desafio.

“Notei que havia perdido o meu celular com uma quantia de dinheiro dentro há uns 3 quilômetros da largada. Voltamos e não conseguimos encontrar. Naquele momento, meu psicológico já estava abalado no início do desafio, e o guarda do Posto Fiscal da divisa foi quem nos reanimou a continuar”.

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Engana-se quem acha que perder o celular foi o único percalço encontrado no desafio. Além de ter uma das lanternas queimadas e um pneu furado na altura de Fundão, os ciclistas também sentiram frio durante a madrugada, o que fez com que aumentasse o desgaste físico na jornada.

Segundo os amigos, o trecho mais difícil do percurso foram as subidas próximas a Iconha e  Alfredo Chaves. “A gente chegou a pensar em desistir, mas tínhamos motivações para concluir o desafio” – relata Wanderson.

 

MOTIVAÇÕES

Para Wellinton, a principal motivação foi fazer um quadro com o percurso realizado: “vi a imagem de amigos de Sooretama que também cumpriram o desafio, achei bacana, e quis também” brincou.

Já para Coimbra, a motivação veio da história de vida dele. “Fui atleta de futebol profissional e tive que interromper a carreira após três cirurgias para retirada de um tumor no joelho. Cheguei a perder os movimentos da perna e voltei a realizar atividades físicas pedalando. Em cada momento de dor, me vinha a imagem da minha mãe, pois eu vi ela morrer com um câncer, quando eu tinha apenas 8 anos de idade. Aí eu lembrava que cada dor que estava sentindo não era nada perto das que já me machucaram um dia”.

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APOIO

Para conseguir a marca, a dupla teve apoio de Lucas Reis, da equipe do carro de apoio comandada por Cacá e Domiro e de muitos outros ciclistas e amigos de Jaguaré que ajudaram com uma rifa para custeio e ficaram de plantão torcendo e mandando mensagens de apoio durante todo o trajeto.

“Estamos muito felizes por termos concluído o objetivo e pelo apoio recebido. Agora, vamos nos planejar para um próximo desafio” – afirmou Wellinton, sem revelar o destino da próxima aventura.

 

Foto do destaque: Divulgação

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