Durante o período de Natal, é preciso ter atenção também com os bichos de estimação no que se refere à alimentação deles. Qualquer alimento que o bichano não tenha o costume de consumir é perigoso, por isso é importante saber o que pode ocorrer se o animal consumir alguns itens da ceia natalina. Por exemplo o pernil e a carne de peru ou tender possuem muita gordura e podem ocasionar distúrbios, como fezes moles, diarreias e vômitos.

As deliciosas nozes de Macadâmia, que muita gente consome durante o período natalino, podem ocasionar em animais de estimação depressão, vômitos, tremores no corpo, problemas respiratórios, dores na área abdominal, fraqueza, confusão mental, problemas nos músculos, nas articulações e no sistema nervoso e hipertermia (elevação da temperatura corporal).

O chocolate, alimento que muitas crianças adoram comer no Natal é um dos grandes inimigos. Além de ter alto teor de gordura (que ocasiona problemas no pâncreas), possui dois elementos tóxicos: a cafeína e a teobromina, que são absorvidas depois de consumir e são estimulantes do sistema nervoso central e do coração. Como o fígado dos cachorros não metaboliza esses elementos rapidamente, elas ficam agindo fortemente no organismo do animal. A teobromina gera um aumento no trabalho muscular do coração junto a uma forte estimulação do cérebro, causando arritmias cardíacas sérias.

O percentual desse quadro varia de acordo com o tipo de chocolate, onde o branco é o que afeta menos e o preto o mais prejudicial. Logo, quanto mais puro e concentrado for o chocolate, mais teobromina existe e por consequência maior o perigo de intoxicação. Em geral, os sinais da intoxicação por chocolate são percebidos entre 5 a 10 horas depois do consumo. Os sintomas são: vômito, diarreia, aumento na ingestão de água, dilatação do abdômen, tremores, taquicardia, respiração ofegante, coma e o óbito.

Uvas e uvas passas podem também fazer mal em alguns animais. Há alguns cães que sempre consumiram uvas e aparentam estar bem e ainda aqueles que, com uma bocada, já podem passar mal. Entre os sinais seria vômito, diarreia, apatia, dores abdominais, fabricação de pouco xixi ou até não urinar, insuficiência hepática, alteração neurológica e até morte. Como o quadro pode ser grave, se o animal ingeriu esses alimentos e apresentou vômitos, precisa ser levado ao veterinário urgentemente.

Também nenhuma bebida alcoólica deve ser oferecida ao animal. Diversas vezes são adocicadas, como o espumante, e podem atrair cachorros e gatos, mas podem induzir uma intoxicação grave e às vezes fatal. Os sintomas e efeitos colaterais seria excitação, depressão, urinar exageradamente, respiração lenta, ataque cardíaco e óbito.

Ossos, café e chá também são perigosos

Os ossos não são exatamente tóxicos, mas precisam estar no grupo de atenção de quem possui animais de estimação: sua ingestão pode ocasionar prejuízos ao animal, em especial os de frango, chester ou peru. Quando mastigados, eles se quebram em lascas que podem perfurar o estômago e intestino, gerando hemorragia e infecção. A ação de roer proporciona prazer ao cachorro, mas é recomendado que se ofereça os de couro (comercializados em petshop), ou os arredondados e duros, como canela ou joelho de boi.

O xilitol é um substituto do açúcar e pode ser encontrado em bolos, doces e balas, quer dizer em muitas sobremesas natalinas. Trabalhos recentes mostram que o adoçante xilitol causa intoxicação principalmente em cães, caracterizada por falência hepática aguda, vômito, hipoglicemia leve. Eventualmente o cão pode ter convulsões e a insuficiência hepática pode ocorrer em alguns dias.

Já café e chá preto têm grande quantidade de cafeína, substância que em determinada quantidade pode causar a morte de cachorros e gatos. Por conter metilxantinas, podem provocar vômitos e diarreia, hiperventilação, sede e xixi excessivos, hiperatividade, ritmo cardíaco anormal, tremores, convulsões, coma e até a morte.

CEBOLA E ALHO

Outros alimentos que necessitam de atenção seriam a cebola e o alho. A cebola possui um elemento –propil dissulfato– que causa a oxidação da hemoglobina das hemácias, gerando a anemia hemolítica. Já o alho possui outro elemento, a alicina, que possui igual efeito. O risco não está em como administrar esses alimentos, mas na sua quantidade, que é vista como tóxica quando passa os cinco gramas de alho ou cebola por cada quilo do animal. Uma pequena quantidade não causa crise, porém uma quantidade maior que é consumida ou comer quantidades menores constantemente, sim. Além disso, há raças mais sensíveis, como o Akita em que esses produtos são venenosos em qualquer quantidade. Uma overdose de cebola ou alho nos cachorros causa efeitos como diarreias, vômitos, fraqueza e taquicardia.

Também o caroço e a fruta do abacate possuem uma substância tóxica denominada persina. Pode ocasionar desarranjo no intestino. Para cachorros e gatos, os pedaços mais tóxicos seriam o caroço e também as folhas. Ainda as cascas de batatas e tomates possuem uma substância denominada solanina e outros alcaloides. Se consumidos em grande quantidade, podem causar salivação em excesso, desarranjo intestinal, redução de apetite, depressão do sistema nervoso central e outros sintomas.

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