O governador Renato Casagrande disse na manhã desta terça-feira (15), em pronunciamento antes de entrevista coletiva no Palácio Anchieta, que busca fechar ferida na área de segurança pública com o projeto de Lei que visa dar anistia das penalidades e procedimentos administrativos impostos aos policiais militares em razão da greve em fevereiro de 2017. O governador convocou, extraordinariamente, que a Assembleia Legislativa apreciasse o projeto nesta terça-feira (15) e nesta quarta-feira (16).

De acordo com a Assembleia Legislativa, a convocação foi aprovada segunda-feira (14). A leitura da matéria acontece na tarde desta terça-feira (15) e a previsão é de que o projeto de anistia seja votado nesta quarta-feira (16), em sessão marcada para as 9 horas.

No pronunciamento, o governador Renato Casagrande avaliou que a paralização dos militares teve erros tanto do movimento como do Governo do Estado. “Um mês triste da Sociedade Capixaba”, afirma. O governador entende que o fato serviu de exemplo para o novo governo ter um diálogo aberto com as corporações e para que os manifestantes não repitam a atitude. O governador acrescenta que, sem a anistia, o trabalho da Corregedoria ficaria restrito aos casos sobre o movimento, devido a quantidade de processos administrativos instaurados ou a instaurar.

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Acompanhando o governador, o secretário estadual de Segurança Pública, Roberto Sá, presente na entrevista coletiva, detalhou que em razão do movimento em fevereiro de 2017, são 2.622 procedimentos administrativos instaurados ou a instaurar e 23 policiais já excluídos. Ele frisou que atualmente a corporação tem aproximadamente 8 mil militares, dois mil a menos que em 2014 e que sem anistia quase um terço fica respondendo a processo. Ele acrescenta que cerca de 500 policiais tiveram afastamento por questões de saúde.

Também presente, o delegado geral da Polícia Civil José Darcy Santos Arruda, disse que em fevereiro de 2017 foram abertos 224 inquéritos de morte violenta, sendo que em 141 o inquérito foi concluído com definição de autoria e encaminhado à Justiça. Para os demais, foi designado nesta terça-feira (15) dois delegados no sentido de trabalhar nestes inquéritos que restam. O delegado Arruda enfatiza que nos inquéritos concluídos não teve constatação de participação de policiais militares.

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