domingo, abril 20, 2025
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Carcaça de jubarte de mais de 13 metros é enterrada em Guriri

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A carcaça de baleia encontrada na tarde de quinta-feira (29), três quilômetros ao sul da Praia do Bosque, na Ilha de Guriri, em São Mateus, é da espécie jubarte, segundo o Projeto Baleia Jubarte, que faz o monitoramento do animal na costa brasileira.

De acordo com a veterinária responsável técnica Samira Costa, a baleia era adulta e tinha aproximadamente 13,20 metros. Ela detalha que esse foi o 50º encalhe na costa brasileira em 2024, sendo o 11º no Espírito Santo e o 3º no litoral mateense.

Samira explica que esses encalhes acontecem geralmente no período de julho a novembro, quando as baleias transitam pela costa brasileira para reprodução, na região de Abrolhos. “Agosto e setembro são os picos de temporada, onde têm mais encalhes e o maior número de nascimentos”, explica.

A responsável técnica pela Projeto Baleia Jubarte detalha que o animal chegou à costa de São Mateus morto. “Já estava em estado de decomposição mais avançado, mas se tratava de um adulto. A gente não conseguiu identificar o sexo, mas vamos enviar para material genético para análise para definir se a espécie é macho ou fêmea” – disse. Para efeito de comparação, ela especifica que um filhote mede entre 3,5 a 4 metros e a baleia jubarte adulta pode chegar a aproximadamente 16 metros e pesar cerca de 40 toneladas.

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Ainda na quinta-feira, uma equipe do Projeto Baleia Jubarte fez a coleta de material genético para exame para identificar as possíveis causas da morte da baleia. Nesta sexta-feira pela manhã, Samira disse que a equipe foi ao local para enterrar a carcaça, serviço executado com máquinas e funcionários da Prefeitura de São Mateus em parceria com a Secretaria Municipal de Meio Ambiente.

A veterinária Samira Costa explica que, como são animais grandes, é necessária parceria com a Prefeitura que disponibiliza maquinário pesado para fazer a correta destinação da carcaça.

A equipe do Projeto Baleia Jubarte dá orientações como local para enterrar, dimensões da cova e outros detalhes. “Dependendo do lugar que se enterre, a maré acaba batendo nela e desenterrando”, explica.

 ENTERRO

Secretário municipal de Meio Ambiente, Ricardo Louzada disse que o trabalho para enterrar a carcaça da baleia iniciou na manhã desta sexta-feira e foi encerrado por volta do meio-dia. Ele explica que o trabalho não foi realizado ainda na quinta-feira porque a carcaça foi avistada somente à tarde, o que prejudicou a logística do transporte do maquinário.

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Samira Costa orienta as pessoas que encontrarem baleias mortas a não se aproximarem. “Porque a gente não sabe qual a causa do encalhe. Se for um animal muito grande, se estiver na linha de maré, ele pode rolar de atingir as pessoas, podendo causar ferimentos graves. Então, a gente tem que tomar muito cuidado. O ideal é ligar para o Projeto Baleia Jubarte pelo telefone 0800 991 4800” – recomenda.

 População de baleias aumenta para 30 mil na costa brasileira

 De acordo com a veterinária responsável técnica do Projeto Baleia Jubarte, Samira Costa, a estimativa é que 30 mil baleias jubarte passem pela costa brasileira neste ano. Ela frisa que essa população tem aumentado ao longo dos anos, o que pode elevar a quantidade de encalhes registrados. Para se ter uma ideia, segundo o Projeto Baleia Jubarte, em 2020 foram registrados mais de 20 mil animais da costa do Brasil.

Samira Costa ressalta que, como o norte do Espírito Santo integra o banco de Abrolhos, local onde os animais seguem para a reprodução, com a população desses animais aumentando, também cresce a quantidade de encalhes na costa.

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Ela detalha que os encalhes na costa brasileira em 2024 estão sendo catalogados desde janeiro, quando ocorreu o primeiro. Depois ocorreram mais dois, nos meses de março e maio. A partir de junho, com oito registros, a quantidade de encalhes começou a aumentar sendo registrados 24 em julho e 15 em agosto –até o dia 29.

Esses encalhes ocorreram nos litorais do Espírito Santo (11), Bahia (16), São Paulo (12), Rio de Janeiro (4), Santa Catarina (2), Paraná (2), Alagoas (2) e Rio Grande do Sul (1).

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