quinta-feira, novembro 13, 2025
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Capitã do Corpo de Bombeiros orienta sobre novas manobras para desengasgar bebês e crianças

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Por

Tatiana Milanez

Repórter

Manobras responsáveis por salvar a vida de pessoas engasgadas com obstrução das vias aéreas passaram por alterações recentes com a atualização dos protocolos mundiais em primeiros socorros realizada pela American Heart Association (AHA). A entidade é responsável pela publicação científica de diretrizes para ressuscitação cardiopulmonar. Segundo a capitã do Corpo de Bombeiros Militar do Espírito Santo, Carla Andresa Nascimento Silva, uma das mudanças se refere à técnica de salvamento de crianças acima de um ano de idade.

“Agora, nas crianças maiores [de um ano], vamos fazer como fazíamos nos bebês menores de um ano: intercalar cinco golpes no meio das costas –golpes dorsais–, onde se inclina um pouco a criança para fazer esses cinco golpes e depois fazer cinco compressões abdominais. E vai intercalando até o desengasgo” – orienta a capitã.

A nova técnica para salvamento de crianças acima de um ano de idade consiste em intercalar cinco golpes no meio das costas –golpes dorsais–, onde se inclina um pouco a criança e depois fazer cinco compressões abdominais, conforme demonstra a capitã Carla Andresa.
Foto: Divulgação

Em entrevista à Rede TC de Comunicações, Carla Andresa salienta que os estudos são atualizados para garantir a sobrevida das pessoas em caso de engasgo com obstrução das vias aéreas, tanto que, conforme acrescenta, o protocolo para atendimentos aos bebês menores de um ano também mudou. De acordo com a militar, os responsáveis pela definição das diretrizes deste tipo de salvamento perceberam que a compressão com dois dedos no tórax dos bebês –antes indicada– não é tão efetiva.

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“Então, indicaram realizar a manobra com a base das mãos. Agora, a orientação é fazer cinco golpes nas costas e cinco compressões torácicas, só que com a base da mão, não mais com dois dedos, intercalando entre cinco golpes nas costas com o bebê bem inclinado, para contar com a ajuda da gravidade. Gira o bebê para o outro antebraço e vai intercalando esses movimentos até o desengasgo” – explica a capitã.

 

Em caso de reações de engasgo, o indicado é iniciar manobra de forma imediata e buscar socorro

 

Capitã do Corpo de Bombeiros do Espírito Santo, Carla Andresa Nascimento Silva pontua algumas reações em bebês e crianças que podem indicar que estão engasgados com obstrução das vias aéreas, são elas: expressão de choro sem emissão de som, não tossir e lábios arroxeados. A militar alerta que, ao identificar essas reações, é necessário iniciar rápido a manobra de salvamento indicada e também ligar para os serviços de socorro, como os Bombeiros e Samu.

Capitã Carla Andresa Nascimento Silva: “O ideal é pedir a alguém para ligar para o socorro 192 [Bombeiros] ou 193 [Samu] e iniciar a manobra. Se não tiver ninguém para ligar, coloca no viva-voz [com o atendente dos serviços] e já vai iniciando a manobra, conversando com o socorro especializado”.
Foto: Divulgação
“O ideal é pedir a alguém para ligar para o socorro 192 [Bombeiros] ou 193 [Samu] e iniciar a manobra. Se não tiver ninguém para ligar, coloca no viva-voz [com o atendente dos serviços] e já vai iniciando a manobra, conversando com o socorro especializado. Infelizmente, engasgos são muito comuns, mas a maioria das pessoas consegue realizar a manobra e desengasgar” – enfatiza.

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Segundo Carla Andresa, os engasgos são responsáveis pela morte de mais de 3 mil pessoas por ano no Brasil, incluindo bebês. Por isso, a capitã frisa que é importante que todos aprendam a executar as técnicas de salvamento.

“A manobra consegue salvar vidas, mas se ninguém fizer nada, a chance de óbito é muito grande. O bombeiro consegue salvar vidas quase todos os dias, ensinando como fazer [a manobra] por telefone. A pessoa, estando calma do outro lado da linha, vai conseguir seguir o passo a passo e vai conseguir salvar. É importante manter essa calma para conseguir seguir o protocolo” – reforça.

 

Foto do destaque: Divulgação

 

 

 

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