Candidatos ao governo do ES debatem recomposição de salário de servidores estaduais

Os seis candidatos ao Governo do Estado continuam sendo sabatinados pela Reportagem da Associação dos Diários do Interior do Espírito Santo (ADI). Nesta penúltima série de perguntas, Renato Casagrande (PSB), André Moreira (PSol), Aridelmo Teixeira (PTB), Manato (PSL), Rose de Freitas (Podemos) e Jackeline Rocha (PT) falam sobre violência no interior do Estado e recomposição salarial do funcionalismo público estadual.

ADI-ES – Os municípios do interior sempre tiveram uma vida mais pacata. Nos últimos tempos, todavia, observa-se o crescimento da violência, tanto nas cidades quanto na zona rural. Como pretende solucionar este problema?

 Renato Casagrande (PSB) – Eu vou amenizar, colocando delegacias especializadas para crime da área rural. Instalar a Patrulha Rural, porque na época da colheita as ações criminosas aumentam e quem atua nesse tipo de crime é especializado. A polícia vai investigar, para evitar e/ou diminuir esse tipo de crime.

André Moreira (PSol) –  Temos que fazer um aparelhamento e distribuir os policiais de acordo com a população. Mas o que resolve de forma definitiva é o desenvolvimento econômico. A desigualdade econômica no Estado agrava a violência. Se não reduzir a desigualdade, vamos continuar colocando polícia na rua e não vai diminuir a violência.

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Aridelmo Teixeira (PTB) – Investir em saúde e educação tem um forte impacto na segurança. Temos em paralelo um projeto para o interior, que ficou abandonado, e os criminosos começaram a perceber que lá é mais fácil e o risco, menor. Vamos criar um ambiente com empresas que geram emprego, que geram consumo e novos negócios, olhando a vocação do lugar, para produzir mão de obra especializada. Com emprego diminui a violência.

Manato (PSL) – A violência do interior cresceu muito por causa das drogas. Vamos criar a polícia de divisa, que vai ser colocada em todas as dívidas do Estado. Vai ser comandada pela Polícia Militar, com apoio do Exército, numa previsão de 600 homens. Todos vão ser revistados. Nas comunidades limítrofes vai ter um selo de identificação para dificultar a saída de carros roubados e a entrada de drogas e armas. Vamos fazer concurso de polícia, que agora vai ser regional. Não vamos tirar o policial da região em que mora. Vamos equipar a polícia com tudo, colete, arma, bala, carro, gasolina e trabalhar para motivar. A polícia terá retaguarda jurídica para trabalhar e atacar. Em municípios maiores, que têm áreas de periferia, vamos usar tecnologia, um tablet dentro do carro da PM. Ali ele vai ter acesso ao Sistema Único de Segurança Pública, o Susp, onde consultará na hora todos os bandidos do Brasil. Também usará aplicativos para poder checar a melhor rota de trânsito. Nas cidades maiores, com mais de 50 mil habitantes, terá drones para monitorar. Em contrapartida vamos atuar nos presídios de baixa periculosidade, entrar com oficinas para áreas de esportes, para produzir material esportivo em larga escala. Quem tiver escolinha de bairro e igreja, a mão de obra dos presidiários vai ajudar. Vamos tirar o menino da marginalidade para ele ir ao esporte, resgatando a criança das drogas.

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 Rose de Freitas (Podemos) – Vamos combater a violência levando saúde e educação para o interior.

 Jackeline Rocha (PT) – Tratamos o problema da violência como um dos pontos principais em nosso plano de governo. Precisamos, sim, fazer uso dos mecanismos de repressão à violência quando necessário, tendo em vista que a discussão e a nossa luta vão adiante. Trabalharemos com medidas preventivas, para evitar que o cidadão tenha que andar com medo e que o comerciante tenha que fechar a porta de seu negócio. Não iremos apenas remediar o problema, como também lutaremos para cortá-lo em seu cerne, evitando que a violência vire um verdadeiro rodízio em nossa sociedade. Atuaremos junto às prefeituras, auxiliando-as, e empenhados para criação de verdadeiros mutirões de cidadania, em que comunidade, agentes e unidades de segurança se relacionem de forma integrada. Levando cultura, informação e diálogo, para gradativamente diminuirmos o índice da violência no Espírito Santo.

Leia as respostas dos candidatos sobre recomposição salarial dos servidores estaduais

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