Os seis candidatos ao Governo do Estado continuam sendo sabatinados pela Reportagem da Associação dos Diários do Interior do Espírito Santo (ADI). Nesta penúltima série de perguntas, Renato Casagrande (PSB), André Moreira (PSol), Aridelmo Teixeira (PTB), Manato (PSL), Rose de Freitas (Podemos) e Jackeline Rocha (PT) falam sobre violência no interior do Estado e recomposição salarial do funcionalismo público estadual.

ADI-ES – Há expectativa de servidores públicos, civis e militares, de que o próximo governo venha a fazer a recomposição salarial e, ao mesmo tempo, existe a preocupação com a manutenção do equilíbrio orçamentário do Estado. Como o senhor pretende conduzir esta situação?

 Renato Casagrande (PSB) – Vamos ter um diálogo aberto e franco com os funcionários públicos. O aumento depende das condições econômicas do País. Temos que ter responsabilidade, não dá para conceder aumento sem condição.

André Moreira (PSol) –  O servidor público não pode pagar pelo ajuste fiscal, especialmente quando esse ajuste é feito sem desconsiderar as isenções que são dadas. Não é aumento que o servidor está esperando, é reajuste. Aumentou tudo de acordo com a inflação, mas não aumentou o salário do servidor. A reposição salarial é um dinheiro que gira. O que o servidor recebe não vai para a poupança, vira compra, vira consumo, que vai movimentar o comércio, gerar empregos. Temos que olhar o orçamento não como gasto, mas como indutor do processo econômico de toda a sociedade. Toda vez que o governo dá um benefício para um aposentado, ele não guarda de baixo do colchão, ele faz esse dinheiro circular.

Aridelmo Teixeira (PTB) – Se você aumentar o salário, irá comprometer o equilíbrio econômico. Temos 230 mil capixabas desempregados. Tenho certeza que os servidores entendem isso, e foram eles que mantiveram o Estado funcionando. Foram sacrificados, mas não perderam o emprego. Primeiro vamos arranjar emprego para esses 230 mil desempregados e depois vamos adequar o salário. Os candidatos irresponsáveis estão assumindo um aumento que não podem pagar. Meu compromisso é com os desempregados, saúde e educação. Depois vamos usar o mínimo de pessoas não concursadas e vamos gerar dentro do próprio sistema verba para recompor o salário do funcionalismo público.

Manato (PSL) – Eu sou o único dos seis que fala em reforma administrativa. Como que uma pessoa com 18 partidos juntos vai ter reforma política? Já fizeram a pizza e lotearam a pizza. Eu não tenho essa dívida. Aos partidos que estão comigo, eu já paguei a conta. Vou cortar 20% dos cargos comissionados e das secretarias. Todo secretário será técnico e não poderá ser candidato em 2020. Não vai usar o governo para ser candidato. O secretário vai trabalhar no carro dele, de táxi, ou de carro de APP, e vamos economizar mais de R$ 10 milhões por ano. Tolerância zero para corrupção. Faremos um estado enxuto.  Quando chegar em dezembro, vamos repor o salário, dialogando com os funcionários públicos.

Rose de Freitas (Podemos) – Vamos debater essas questões. O governo anterior tinha mais recursos do que o atual. Temos que melhorar nossa arrecadação, temos que acabar com a sonegação de impostos, que chega a R$ 4,5 milhões, colocar o recurso para dentro, eliminar gastos supérfluos. Não podemos gastar além do que temos.

 Jackeline Rocha (PT) – Entendemos que existem perdas salariais de todas as categorias de servidores públicos estaduais. No entanto é preciso fazer um estudo minucioso das finanças, para atender as reivindicações. Estaremos a todo o momento dispostos ao diálogo, atentos às demandas e, na medida do possível, sempre atendê-las. O nosso compromisso é o diálogo, sempre.

Leia as respostas dos candidatos sobre soluções para violência no interior do Estado

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