A candidata a governadora Jackeline Rocha (PT) afirma que, se eleita, criará uma secretaria exclusiva do Trabalho, com um observatório específico, dentro de um programa de governo voltado ao desenvolvimento regional e à geração de empregos e renda. Jackeline participou de caminhada sábado (22) em São Mateus, junto com os também candidatos Jaciara Teixeira (deputada estadual), Célia Tavares (senadora) e João Coser (deputado federal). Em entrevista à Rede TC, antes do ato de apoio a Fernando Haddad para Presidente, Jackeline relatou que tem projetos para o Município, incluindo a criação da Rota dos Quilombos, para incremento do turismo.

A candidata Jackeline Rocha disse que o intuito é uma gestão de diálogo e participativa no Governo do Estado. Foto: Wellington Prado/TC Digital

Rede TC de ComunicaçõesNesta reta final da campanha eleitoral, o que a senhora apresenta como novidade para ser eleita governadora do Espírito Santo?

Jackeline Rocha – O programa que a gente apresenta para todo o Espírito Santo, e aqui também no norte capixaba, é para valorizar as pessoas, para o desenvolvimento regional, geração de empregos e renda. A gente sabe que é preciso também combater a feminização da pobreza, gerar oportunidades para a nossa juventude, mas principalmente valorizar quem detém mais de 65% do PIB capixaba, que são as áreas de turismo, de lazer, de comércio e de serviços do Estado do Espírito Santo. Para isso, precisamos fortalecer os pequenos negócios, criar um plano de empreendedorismo para valorizar as pessoas, valorizar a criatividade, a economia criativa e a economia solidária, sendo que esse é um dos nossos principais pilares.

Rede TC – Se eleita, quais serão as prioridades de seu governo? Por quê?

Jackeline – De imediato, criar a Secretaria do Trabalho, um Observatório do Trabalho, para valorizar as potencialidades regionais, visando o desenvolvimento regional. O Estado do Espírito Santo tem 10 microrregiões e quatro macrorregiões, e aí seria trabalhar as vocações de cada uma delas, sendo que a prioridade também está atrelada às áreas de saúde, de educação, de assistência social e de segurança pública. Aqui em São Mateus, por exemplo, temos o projeto de criar uma rota turística, de turismo gastronômico, de empoderamento do comércio local, através da Rota dos Quilombos, valorizando a história de São Mateus e do norte do Estado. É uma região muito bonita, com capacidade para desenvolvimento, com capacidade turística e para atrair investidores também em outras áreas, para fomentar o emprego, fomentar a saúde descentralizada, levando serviços de qualidade para a população, reabrindo as escolas que foram fechadas na EJA e, principalmente, as escolas agrícolas, as escolas do campo.

Rede TC – Em ambiente de redução da arrecadação tributária para custeio da máquina pública, como pretende viabilizar recursos para fazer os investimentos que os capixabas anseiam?

Jackeline – A gente tem na nossa marca de governo o diálogo e a participação. Levar o Pacto Federativo a todos os municípios para uma rediscussão, inclusive, do ponto de vista dos royalties, de como a gente pode se posicionar e ajudar os prefeitos e as prefeituras a se manterem neste novo formato, de recessão, que achata mesmo as condições administrativas de qualquer órgão público. Neste sentido, há uma discussão também do Parque das Baleias, que hoje, caso tivesse em posse do Estado do Espírito Santo, a gente teria aí um bilhão de reais retroativos que poderiam ser aplicados principalmente nessas áreas de saúde, assistência social, educação e segurança, mas, gerando empregos. Por isso, a criação da Secretaria do Trabalho. Não é para criar cargos comissionados, não para criar mais espaços. Seria uma reforma administrativa para o governo colocar o que é prioridade. Precisamos fomentar o Banestes para ser um banco do povo do Espírito Santo, assim como o Bandes, que tem papel muito importante na área da agricultura familiar. Para voltar a fazer o dinheiro circular na mão do povo, para fazer com que as pessoas tenham condições de se empoderarem e também terem seus sonhos realizados, como ter o seu comércio, ter a sua casa, ter um estado de oportunidades.

Rede TC – São Mateus viveu um longo e dramático período de água salgada jorrando nas torneiras da Cidade. O Governo do Estado apresentou uma proposta, via Cesan, de assumir esse serviço no Município, para viabilizar os investimentos necessários. A senhora manterá essa proposta?

Jackeline – Primeiro, já existe uma estação aqui, de muito tempo, instalada para dessalinizar a água e ficou parada, uma obra pública parada. Precisamos ter um plano para dessalinização da água, porque o problema não é só no Município de São Mateus. Temos várias regiões que sofrem com essa agressão, muitas vezes provocadas pelo ser humano. O principal objetivo é fazer um estudo sobre a dessalinização da água, para saber qual é o modelo para implementar. Só trazer a Cesan não resolve, tem que trazer a solução para dessalinização da água, para que a população não sofra como vem sofrendo em todos esses anos. Isso provoca doenças, má qualidade de vida para as pessoas. Então é redobrar os estudos que já foram feitos e implementar a melhor solução, sendo a Cesan, ou não.

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