Por Wellington Prado Repórter
São Mateus – Durante a 30ª edição do Encontro Nacional da Indústria do Café (Encafé), realizada em abril, em Campinas, em São Paulo, o economista Marcos Troyjo fez uma projeção que o Brasil pode ser a grande potência do café nos próximos 25 anos. Renomado especialista do mercado da cafeicultura no Espírito Santo, o engenheiro agrônomo Frederico Daher compartilha da mesma previsão, apontando, em entrevista à Rede TC de Comunicações, que o País tem todas as condições para avançar numa produção sustentável.
Para o economista Marcos Troyjo, a projeção do Brasil ser a potência do café nos próximos 25 anos é diante da pressão das quebras de safras globais, redução de estoques do grão no mundo e volatilidade nos preços da commodity, que vem atingindo recordes históricos desde o final de 2024.
Indagado se compartilhava dessa opinião, o ex-superintendente do Centro de Desenvolvimento Tecnológico do Café (CEFTCAF), Frederico Daher, respondeu que sim, “o Brasil é líder na produção mundial de café e tem todas as condições para avançar numa produção sustentável, científica e socioeconômica”.
Frederico avalia também que o mercado do café, apesar da valorização da saca ao longo dos últimos meses, tem passado por instabilidades nos preços em função da situação de insegurança política internacional. Ele sustenta, no entanto, um prognóstico positivo. “Vejo como boas as perspectivas para o mercado do café tendo em vista uma demanda crescente não só nacional como internacional” – reforça.

SAFRA
Segundo levantamento apresentado nesta semana pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a produção de café no Brasil deverá crescer 2,7% na safra 2025, na comparação com o volume registrado no ano anterior. Com isso, a expectativa da entidade é de uma colheita de 55,7 milhões de sacas neste ano.
A cafeicultura capixaba dinamiza a economia
São Mateus – Para Frederico Daher, o Brasil tem plenas condições de atender à demanda crescente pelo café, especialmente pela qualidade dos grãos produzidos nacionalmente. E dentro dessa análise, ele reforça a importância do Espírito Santo nesse cenário do mercado do produto.
“O Espírito Santo tem uma cafeicultura com alta sustentabilidade e, portanto, obtém excelentes resultados no aumento da renda do cafeicultor, permitindo que ele não só se remunere adequadamente, como também faça girar a economia regional, gerando emprego e renda em maior e melhor escala” – analisa.