O Brasileirão 2020 acabou e os torcedores de Botafogo e Vasco não têm o que comemorar com o rebaixamento das equipes para a Série B, junto com Coritiba e Goiás. Dois mateenses que torcem para os clubes cariocas ouvidos pela Reportagem avaliam que a dificuldade para retornar à elite do futebol será gigante, já que a segunda divisão estará recheada de equipes tradicionais do futebol brasileiro.

Além de Botafogo e Vasco, a Série B nacional terá mais três campeões da Série A: Coritiba, Cruzeiro e Guarani. O botafoguense Mário Nascimento acrescenta que, além dos campeões, a competição tem outras equipes acostumadas com a Série B e outras tradicionais como Vitória, Ponte Preta e Náutico.

Mário quer oportunidades para jogadores jovens no Botafogo. Fotos: Divulgação

Mário frisa que erros do Brasileirão 2020, que culminaram com o terceiro rebaixamento do Botafogo, não podem ser repetidos. Ele pede a saída de toda a diretoria, que coloque os jogadores jovens para atuar e uns quatro experientes que tenham disposição e vontade de jogar.

Já o vascaíno Chilon Carvalho está confiante que o Vasco consiga o acesso e fique apenas um ano na Série B, mesmo que entenda que a presença de clubes tradicionais deixa a competição mais difícil. Chilon disse que foi surpreendido com a campanha ruim do Vasco nesta temporada. Por ser ano eleitoral no clube e a equipe ter começado bem o Brasileirão, ele não acreditava que poderia chegar o quarto rebaixamento do time cruzmaltino em pouco mais de dez anos.

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Chilon confia que o Vasco consiga subir neste ano.

Para cruzeirense, “subir é difícil”

Para o torcedor Itamar Gonçalves, dificilmente o Cruzeiro conseguirá o acesso em 2021 para o Brasileirão da Série A. E a dificuldade não está atrelada à presença de mais equipes tradicionais na Série B. Ele entende que os problemas são do próprio clube.

Para Itamar, a dificuldade do Cruzeiro não está apenas em equipes tradicionais na Série B.

O Cruzeiro foi rebaixado em 2019 e não conseguiu o retorno em 2020. Ele avalia que os efeitos das más administrações no clube ainda não foram superados. “O time está desmanchado. A situação que o Cruzeiro se encontra, subir é difícil. Para subir, só daqui mais uma temporada. Sou torcedor nato do Cruzeiro, mas o que os caras [diretores] fizeram foi para acabar o time mesmo” – afirma o mineiro.

Itamar reforça que, dentro de campo, é mais difícil enfrentar times do Nordeste, com menos exposição nacional e mais organizados, do que tradicionais como Vasco e Botafogo.

CRUZEIRO

O Cruzeiro terminou a temporada na Série B com 49 pontos na 11ª posição. Em 38 jogos, foram 14 vitórias, 13 empates e 11 derrotas. O time de Belo Horizonte estava até poucos dias atrás sem poder registrar atletas na CBF devido a uma dívida milionária envolvendo a venda do zagueiro Bruno Viana com uma equipe do Paraná, o PSTC.

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Apesar de se ver livre dessa cobrança, a Raposa vive um grave drama por salários atrasados. Segundo alguns funcionários do clube, já são praticamente quatro folhas. Sobre os valores a serem pagos, havia a previsão de quitação com o dinheiro da venda do jovem volante Jadsom Silva para o Bragantino. Entretanto, se essa folha não for paga, o Cruzeiro somará quase meio ano de dívida salarial com atletas. Só pelos débitos antigos são mais de R$ 10 milhões em dívidas.

FOTO DE DESTAQUE: Rafael Ribeiro/Vasco

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