RICARDO DELLA COLETTA
BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – O presidente Jair Bolsonaro afirmou que a educação no Brasil “está horrível” e que pode escolher o novo ministro da pasta ainda nesta quinta-feira (2).

As declarações foram dadas na saída do Palácio da Alvorada, durante conversa do mandatário com um grupo de apoiadores, e transmitidas em redes sociais de simpatizantes.

Após apenas cinco dias no cargo, Carlos Decotelli pediu demissão do Ministério da Educação na terça-feira (30) para estancar a crise aberta com as revelações de falsidades em seu currículo. Decotelli foi o terceiro ministro da pasta na gestão Bolsonaro, após as conturbadas administrações de Ricardo Vélez Rodríguez e de Abraham Weintraub.

Nesta quinta no Palácio da Alvorada, uma apoiadora que se identificou como representante de escolas particulares disse a Bolsonaro que a educação “está definhando no Brasil”.

“Está definhando? A educação está horrível no Brasil”, respondeu o mandatário. Em seguida, Bolsonaro comentou o processo de escolha do novo ministro. “Talvez escolha hoje o ministro da Educação. Deu problema com o Decotelli”, disse o presidente.

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A seleção do novo titular da pasta se converteu novamente numa disputa entre as alas militar e ideológica do governo. O nome considerado mais forte no momento é o do atual reitor do ITA (Instituto Tecnológico de Aeronáutica), Anderson Ribeiro Correia.

Ele tem o apoio tanto de integrantes da cúpula militar como do núcleo ideológico. A bancada do PSL já disse ao presidente que o apoia, assim como líderes do centrão.

O núcleo militar ainda considera o nome do professor Marcus Vinicius Rodrigues, ex-presidente do Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais) nos primeiros meses do governo Bolsonaro.

Forte cotado antes do anúncio de Decotelli, o nome do secretário de Educação do Paraná, Renato Feder, voltou a circular. Ele fez chegar ao Planalto que ainda estaria à disposição, mesmo preterido na semana passada, e já realizou contatos com o governo nesta semana.
Também estariam no páreo o professor Gilberto Garcia, ex-presidente do CNE (Conselho Nacional de Educação), e o atual presidente da Capes, Benedito Aguiar.

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