CLAYTON CASTELANI
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A Bolsa de Valores brasileira operava em forte alta na abertura da sessão desta quarta-feira (19). Às 11h08, o Ibovespa, referência do mercado doméstico, subia 1,40%, a 108.163 pontos. O índice não frequentava essa pontuação há um mês. O dólar caía 0,70%, a R$ 5,5220.

No cenário internacional, o mercado futuro de ações nos Estados Unidos dá sinais de recuperação após a liquidação da véspera. O otimismo está apoiado em balanços positivos do setor financeiro.

Especulações sobre um aumento mais acentuado do que o esperado dos juros da economia americana pelo Fed (Federal Reserve, o banco central dos EUA), porém, ainda preocupam investidores, segundo a agência Bloomberg.

Independentemente do desempenho do exterior nesta sessão, o desempenho das commodities deve sustentar a Bolsa brasileira no azul, de acordo com análise da Nova Futura.

Esse ambiente de valorização de materiais básicos, como o petróleo, porém, deve acelerar a inflação e forçar a curva de juros para cima. Isso pode limitar o desempenho do Ibovespa, segundo analistas.

O petróleo está operando no maior nível desde outubro de 2014. O barril do Brent subia 0,58%, a US$ 88,02 (R$ 485,93).

Além de conflitos pontuais no Oriente Médio, a expectativa de desaceleração da produção de petróleo cresce em meio a uma ameaça de invasão da Ucrânia pela Rússia, um dos maiores produtores de petróleo cru no mundo, destacou a Genial em seu boletim matinal.
Em meio a um cenário de preços elevados, produtoras independentes, como 3R, PetroRio e Petroreconcavo são os principais nomes a se beneficiarem do cenário de preços mais altos.

Já a Petrobras corre o risco de não poder se dar a esse luxo, pois o preço do combustível em níveis elevados é algo indesejável em um ano eleitoral, afirmou a Genial.

As ações da estatal subiam 1,04%, dando a segunda maior contribuição positiva ao Ibovespa nesta manhã.

O maior peso à alta da Bolsa, porém, ficava por conta da Vale, que subia 2,46%.
Os setores de mineração e siderurgia passam por um momento de alta diante da expectativa do suporte econômico prometido pelo governo da China para amenizar os impactos da crise imobiliária no país, que é o maior consumidor de insumos para a produção de aço.

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