SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A Federação Francesa de Vôlei anunciou nesta segunda-feira (12) que fechou contrato com o técnico Bernardinho, 61, para comandar a seleção masculina do país no próximo ciclo olímpico.
Após a Olimpíada de Tóquio, neste ano, Paris será a próxima sede dos Jogos, em 2024. O primeiro compromisso do treinador será o Campeonato Europeu, a partir de 1º de setembro.

“Estou muito honrado que a federação tenha aceitado minha candidatura. Essa decisão não foi fácil porque requer alguns sacrifícios pessoais, mas quando olho para esta seleção da França e sua evolução hoje, fico muito entusiasmado com a ideia de poder trazer minha experiência a ela, a fim de avançar em direção a um único objetivo comum: a medalha de ouro nos Jogos Olímpicos de Paris”, afirma o brasileiro no comunicado da federação.

Em Tóquio, a equipe europeia será comandada por Laurent Tillie, treinador do time há nove anos. Os franceses estão no mesmo grupo da seleção brasileira, treinada por Renan Dal Zotto.

Apesar de a seleção masculina da França ter se fortalecido na última década, nunca conquistou um pódio em Jogos Olímpicos. Em Campeonatos Mundiais, o melhor resultado foi um terceiro lugar, em 2002. Já na Liga Mundial (atualmente Liga das Nações), venceu duas edições cujas finais foram realizadas justamente no Brasil, em 2015 (no Rio de Janeiro) e em 2017 (em Curitiba).

Bernardinho, dono de sete medalhas olímpicas na carreira (uma de prata como jogador, duas de bronze com a seleção feminina, duas de prata e duas de ouro com a equipe masculina), deixou a seleção do Brasil após o ouro na Rio-2016 e passou a se dedicar em quadra apenas ao time feminino do Sesc RJ.

Na última temporada da Superliga, a equipe iniciou parceria com o Flamengo e acabou eliminada nas quartas de final da competição. O projeto carioca começou com Bernardinho em Curitiba e foi a principal potência do voleibol feminino brasileiro nas últimas décadas.

Ele frisou, por meio de sua assessoria de imprensa, que se dedicará às duas funções e permanecerá a maior parte do tempo no Brasil -o calendário do vôlei é dividido entre períodos de clubes e seleções.

“A prioridade nunca deixou nem deixará de ser os projetos que já tenho em andamento por aqui, como o Sesc RJ Flamengo e todos os demais parceiros. O objetivo com a França é 2024, mas em todos os outros projetos a expectativa é que sigam adiante. Sempre me dediquei de coração a todos os trabalhos e seguirei assim, com muita vontade de ampliar esses vínculos no Brasil por muitos outros anos”, afirmou.

O cargo na França será a primeira experiência de Bernardinho com uma seleção que não a brasileira, masculina ou feminina.

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