Por
Wellington Prado
Repórter
Em continuidade à série de Reportagens Especiais sobre as glórias e desafios para reestruturar a Associação Atlética São Mateus (AASM), o presidente interino Girley Oliveira aborda projetos da diretoria para tentar abater as dívidas que, segundo ele, hoje somam em torno de R$ 1,8 milhão a R$ 2 milhões. Em entrevista à Rede TC de Comunicações, o dirigente afirma que o plano da Associação é aproveitar o próprio Estádio Sernamby para angariar recursos para o clube.
“Nós temos uma área aqui, que a gente nunca explorou e ela poda trazer recursos. Isso aqui era para a gente fazer alguns eventos para trazer recursos para saldar e ir saldando um pouco de cada vez essas dívidas” – sustenta, dizendo acreditar que essa saída é concreta e que há interessados também em patrocinar fortemente o clube.

Foto: Wellington Prado/TC Digital
“A ideia é parcelar as dívidas trabalhistas e ir pagando aos poucos. Para que o sistema da CBF [Confederação Brasileira de Futebol] libere [a punição conhecida como transfer ban] para a gente conseguir inscrever um time competitivo e trazer a torcida para o estádio, que é onde a gente tem a maior fonte de renda” – frisa.
Girley reforça que o plano da diretoria é ter parceiros para preparar o estádio e utilizar a área para realizar eventos, montar uma equipe forte para obter renda e entrar em acordo e ir saldando aos poucos as dívidas.
SAF
Uma forma que os clubes brasileiros têm utilizado para se reerguer é a adesão ao modelo de Sociedade Anônima do Futebol (SAF). Girley afirma que essa também pode ser uma saída para a AASM. “Então, a gente tem conversado muito com o Conselho [Deliberativo], através da pessoa do Joelson Oliveira. Tem aceitado essa situação, a SAF. Falta mesmo alguma coisa concreta. De boca temos algumas coisas” – salienta.
Ausência no futebol profissional é motivo de cobranças até em outros municípios, diz Girley
Presidente interino da Associação Atlética São Mateus, Girley Oliveira afirma que o Pitbull do Norte é um clube de tradição, de camisa, e que sua ausência no futebol profissional leva a cobranças até em outros municípios. “Há expectativa de o clube voltar à Segunda Divisão do ano que vem. Isso é fato. Estando comigo ou outra pessoa, o clube vai voltar na Segunda Divisão do próximo ano” – garante.
Para isso, ele detalha que será preciso entrar em acordo em três ações trabalhistas –na qual não quis citar os jogadores– para destravar o transfer ban. Contudo, ele salienta que é preciso ter recursos, algo que reforça ser possível por meio de parcerias para a utilização da área esportiva para eventos.
“A gente vem tirando dinheiro do bolso, pegando uma parceria ali na frente, indo com pires num estabelecimento, o cara ajuda com uma quantia e assim vai tocando”, sustenta.
Gramado mantido por escolinha
O gramado do Estádio Sernamby aparenta estar em boas condições de uso. Conforme Girley, a Botafogo Academy –franquia de escola de futebol do clube carioca em São Mateus – está utilizando a praça esportiva para as atividades desenvolvidas com crianças e adolescentes e, em contrapartida, realiza manutenção no campo.

Foto: Wellington Prado/TC Digital
“Ela [a escolinha] tem uma mensalidade muito irrisória com os meninos. E a ideia é trazer mais alunos carentes. Até então, não temos recursos nenhum vindo da escolinha do Botafogo. Só para eles darem manutenção no gramado. E a gente tem um acordo que, se eles engrenarem, lá na frente a gente vai sentar e trazer recursos provenientes da escolinha” – explica. O dirigente acrescenta ainda que também não é cobrado para os times amadores jogarem no local.
Foto do destaque: Wellington Prado/TC Digital







