NATÁLIA CANCIAN
BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) marcou para domingo (17) uma reunião dos diretores da agência para decidir sobre a autorização de uso emergencial de vacinas contra a Covid.

Atualmente, a agência analisa dois pedidos para esse aval. O primeiro foi feito pelo Instituto Butantan, que mantém uma parceria com a empresa chinesa Sinovac, e que vale para uso de 6 milhões de doses da vacina Coronavac que foram importadas da China.

Já o segundo pedido foi feito pela Fiocruz, que mantém uma parceria com a farmacêutica AstraZeneca e Universidade de Oxford. A fundação pede autorização para uso de 2 milhões de doses que devem ser importadas da Índia. ​

A data corresponde ao último dia do prazo definido pela agência para analisar pedidos de uso emergencial de vacinas.

“Para tanto, faz-se necessária a entrega, em tempo hábil para análise, dos documentos faltantes e complementares”, informa a agência, em nota.

Os pedidos foram protocolados na última sexta (8). No sábado (9), a agência informou ter recebido todos os documentos da Fiocruz, mas apontou que ainda faltavam informações do Butantan sobre a Coronavac.

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Nos últimos meses, a vacina tem estado no centro de uma guerra política entre o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e o governador paulista, João Doria (PSDB), que são adversários para as eleições de 2022.

Em nota, o Butantan informa que deve enviar os dados ainda nesta semana.

Segundo a Anvisa, no encontro, diretores devem analisar os dados de relatório que deve ser submetido pela área técnica sobre os dois pedidos.

Ainda de acordo com a agência, a necessidade de reunião entre os diretores ocorre por se tratar de uso emergencial e em caráter excepcional -no caso de pedidos de registro, a decisão cabe apenas à área técnica.

Dados de um painel criado pela agência para monitoramento aponta que cerca de 32% dos documentos enviados pela Fiocruz já foram analisados. Outros 53% estão em análise e 15% estão pendentes de complementação.

Já o Butantan teve 41% dos documentos enviados com análise já concluída. Outros 16% estão em análise, 38% enquanto 38% ainda precisam de alguma complementação nos dados. O restante ainda precisa ser enviado pelo instituto, aponta a agência.

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