WALESKA BORGES

RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) – O governador do Amazonas, Wilson Lima (PSC), anunciou neste sábado (23) novas restrições para tentar conter novos casos e mortes causadas pelo coronavírus. Ele informou que vai publicar um decreto, válido a partir desta segunda-feira (25), com restrições na circulação de pessoas no Amazonas.

As medidas do decreto serão válidas, inicialmente, por 7 dias e vão contar com supervisão das forças de segurança do estado.

“Teremos a restrição de circulação de pessoas para 24h. Isso não significa cercear o direto de ir e vir, o cidadão só pode sair por extrema necessidade, como ir ao supermercado. Para o supermercado, apenas uma pessoa por família. Medidas para evitar aglomerações”, disse o governador.

Entre as medidas, está previsto que supermercados fiquem abertos de 6h às 19h e as compras limitadas a produtos de alimentação, bebidas, limpeza e higiene pessoal. As farmácias estarão abertas durante 24h, mas com venda restrita a produtos de higiene e medicamentos. Mercados e feiras poderão ficar abertos das 4h às 8h.

Os serviços de delivery só serão permitidos os essenciais de alimentação, incluindo restaurantes e padarias, com horário de 6h às 22h. Indústrias funcionarão em turnos de 12 horas, com exceção das empresas que atendem o setor de alimentação, de farmácia e de itens para hospitais.

De acordo com o governador, as medidas visam diminuir as aglomerações e a transmissão do vírus.

“Não há necessidade de correria aos supermercados, aos mercadinhos, não há necessidade de fazer estoque de alimento. É preciso ter prudência, é preciso que as pessoas entendam a necessidade que temos de tomar essas medidas, que são medidas duras, mas necessárias para salvar a maior quantidade de vidas”, alegou Lima.

As medidas anunciadas ocorreram depois que o Ministério Público Federal emitiu recomendação para que governo promova um isolamento sanitário mais severo, se necessário com aumento do toque de recolher.

Segundo o secretário da Saúde do Amazonas, Marcellus Campêlo, as unidades de saúde estão acima do limite de capacidade: “Os casos de necessidade de internação no interior quintuplicaram. Temos uma taxa de transmissibilidade de 1,3 (a cada 100 infectados, 130 são contaminados). É a maior do país”.

Conforme o secretário, o Amazonas ainda precisa de oxigênio para atender os pacientes. “Temos no interior 1500 leitos livres não-Covid, que se precisar viramos a chave para leitos Covid, mas precisaremos de oxigênio”, informou.

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