SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – Agentes da patrulha de fronteira dos Estados Unidos encontraram na última terça-feira (14) uma menina de dois anos e um bebê de três meses abandonados na região do Rio Grande, perto de Eagle Pass, cidade de 29 mil habitantes localizada no estado do Texas (EUA).

Eles realizavam operações em um barco quando perceberam a presença das crianças devido à cor de suas roupas, segundo registrou a imprensa local. Ao lado delas foi encontrado ainda um bilhete que dizia que os dois são irmãos e originários de Honduras.

Segundo dados divulgados pela agência Reuters, em agosto, a quantidade de crianças imigrantes presentes em instalações da patrulha fronteiriça tem avançado continuamente, ressuscitando assim um tema politicamente delicado para o presidente Joe Biden.

No dia 1º de agosto, havia mais de 2.200 crianças desacompanhadas sob custódia da CBP (Agência de Alfândega e Proteção de Fronteiras, na sigla em inglês) dos EUA, mais do que o dobro do número registrado um mês antes, de acordo com estatísticas diárias fornecidas pelo governo desde março e compiladas pela Reuters.

Um porta-voz da CBP disse que o número inclui crianças mexicanas que são reenviadas rapidamente ao seu país de origem, assim como crianças centro-americanas que são transferidas para abrigos federais dos EUA.

O tempo médio que as crianças desacompanhadas estão passando sob custódia da CBP é de cerca de 60 horas, segundo uma fonte a par do assunto, o que quase ultrapassa os limites determinados por um acordo judicial já antigo.

O aumento recente está alarmando os defensores dos imigrantes, que dizem que as instalações não são adequadas para crianças pequenas, embora os níveis ainda estejam abaixo daqueles vistos em meados de março, quando a CBP detinha mais de 5.700 crianças desacompanhadas em estações de fronteira.

Foto: Pixabay

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