Com mais um caso de rompimento de barragem com rejeitos de minério, desta vez da Vale em Brumadinho (MG), impactados em São Mateus com o desastre da barragem da Samarco em Mariana (MG) em 2015 demonstraram temor com o possível rompimento de outras barragens no Vale do Doce que poderiam atingir novamente o norte capixaba. Na tragédia da Vale ocorrida no dia 25 não há previsão de impactos ambientais diretos no Espírito Santo, conforme informou as autoridades. Contudo, pescadores e moradores de São Mateus, Conceição da Barra e Linhares estão preocupados que novos desastres possam acontecer.

O produtor rural Francisco Luiz dos Anjos, o Chico de Darly, morador da localidade de Ferrugem, no Distrito de Nativo de Barra Nova, disse temer que a situação dos afetados pelos rejeitos da barragem de Mariana se agrave ainda mais no Espírito Santo, caso ocorra novo desastre. O agricultor salienta que o impacto do primeiro rompimento foi grave na região, afetando a pesca, além do solo próximos aos mananciais, o que na opinião dele prejudicou também os agricultores.

Presidente da Colônia de Pescadores Z13, Maria da Glória de Araújo Santos considera crime ambos os rompimentos. Ela entende que desta vez o Espírito Santo não será afetado, mas teme também que outras barragens possam romper e atingir o território capixaba. Maria da Glória, assim como Chico de Darly, relatou que uma minoria de impactados em São Mateus e Conceição da Barra foram indenizados pela Fundação Renova até o momento.

Acrescenta que quem recebeu corre risco de perder o direito de receber a Indenização por Lucro Cessante e afirma que novas manifestações podem ser programadas nos próximos dias, mobilizadas por uma comissão formada por associações e colônias.

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